domingo, 29 de janeiro de 2012

"Copia a primeira imagem dela e cola na matéria."

Atriz despenca de cabo de aço durante apresentação de musical e a Veja ilustra a matéria com foto dela votando.

 

Veja

29/01/2012

 

Danielle Winits e Thiago Fragoso sofrem acidente durante apresentação do musical 'Xanadu'



 

Os atores Danielle Winits e Thiago Fragoso sofreram um acidente na noite deste sábado, no Teatro Casagrande, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, durante uma apresentação da versão brasileira do musical ‘Xanadu’, dirigido por Miguel Falabella. Os protagonistas da peça despencaram de uma altura de cerca de cinco metros, após o rompimento de um cabo de aço. Danielle, que sofreu um corte na boca, foi atendida na Clínica São Vicente, na Gávea, e passa bem. Já Fragoso sofreu traumatismo na região abdominal e foi levado ao Hospital Miguel Couto, também na Gávea. Como havia suspeita de uma fratura na costela, foi encaminhado para a Casa de Saúde São José, no Humaitá, e está em observação.


Na hora do acidente, os atores estavam suspensos sobre a plateia. Como o teatro não estava lotado, eles caíram em assentos vazios – entre as filas E e F – sem causar ferimentos ao público. Os patins que os atores usam em cena se soltaram dos pés deles e acabaram caindo perto dos espectadores, mas também não causaram danos. Policiais da 14º DP (Leblon), que fica em frente ao Casagrande, foram chamados para fazer o registro de ocorrência. Mais tarde a perícia foi encaminhada para o local para investigar o acidente. Segundo a assessoria de imprensa do espetáculo, as apresentações foram suspensas por tempo indeterminado.

Estadão transforma o Brasil em Coorporação e Dilma em “CEO”.

Sem comentários.


Estadão

29/01/2012

Iuri Dantas

 

'CEO' do governo, Dilma escala Gerdau para cobrar ministros e definir metas.


BRASÍLIA - Preocupada com os problemas de gestão da administração federal, a presidente Dilma Rousseff decidiu acelerar o processo de adoção de um modelo empresarial para tentar desemperrar a máquina pública e dar um upgrade no atendimento prestado ao público. A estratégia de guinada em direção a um novo modelo prevê conversas do megaempresário Jorge Gerdau com diversos ministros, revisão do funcionamento das pastas por uma consultoria privada, definição de metas e prazos e fiscalização em tempo real dos projetos e gastos públicos.
Esse planejamento estratégico, no entanto, esbarra em problemas como o gigantismo da equipe herdada de Luiz Inácio Lula da Silva, com 38 ministros, e a força de partidos aliados, que montaram verdadeiros feudos políticos nas pastas que conduzem, aparelhando áreas vitais para o atendimento à população.
Alguns exemplos claros mostram que essa estratégia já foi acelerada dentro do governo. Presidente da Câmara de Gestão e Competitividade do governo, Jorge Gerdau tem conversado com ministros, entregando uma espécie de lista de tarefas e sugestões para que as pastas melhorem o desempenho. Ele sugeriu a redução de pastas, mas, sem que o governo tivesse força política para conseguir isso, a tática mudou para o monitoramento mais próximo dos ministérios.
Para que esse movimento avance, o governo sabe que um dos principais nós a ser desatado está na partidarização de cargos nos ministérios e autarquias.
A estratégia a ser adotada por Dilma é de amenizar o impacto dessas indicações políticas. Em vez de vetar as indicações políticas ou extinguir ministérios, o Planalto definirá objetivos e resultados que poderá cobrar dos ministros. Ou seja, a maneira escolhida por Dilma para blindar sua gestão do xadrez político que precisa jogar para dispor de maioria no Congresso vai na linha de melhorar a relação do Estado com a população, fazendo a máquina funcionar sem importar quem comanda o ministério.
Executiva. O novo modelo de gestão define Dilma como uma espécie de CEO e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no papel de gerente do governo, questionando projetos desde a ideia inicial até a execução final da obra ou serviço. Nos bastidores, a Fazenda prepara também uma modernização dos sistemas de contabilidade.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A invisibilidade da falência da SPANAIR

Imprensa brasileira não repercute falência da Spanair e a situação dos passageiros que não recebem a atenção necessária. Talvez seja porque a companhia não voa para o Brasil, talvez seja por outra razão. 

El Pais

27/01/2012

22.700 viajeros buscan alternativas desesperados tras la quiebra

 

Los pasajeros tratan de salir de Barcelona y se quejan de no recibir ni una botella de agua.- Algunas compañías empiezan a agotar sus asientos destinados a recolocar afectados.

Jornal da Band esquece lição básica do jornalismo: ouvir os dois lados.

Decisão da Justiça que impede a ANVISA de regular publicidade de remédios agradou tanto a Bandeirantes que ela ouviu apenas a posição da ABRA – Associação Brasileira de Radiodifusores e do CONAR – Conselho de Autorregulamentação Publicitária.

 

Jornal da Band

26/01/2012

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aniversário de São Paulo e os clichês de sempre

Aniversário de São Paulo: Senta que lá vêm clichês:

“ Locomotiva do país”

“ A cidade que não dorme”

“ Mercado Municipal”.

A cidade merecia homenagem mais inteligente.

 

Jornal da Band

Jornal Nacional

25.01.12

Procurador cearense e Veja, um caso de amor.

Procurador ajuda a revista Veja requentar notícia velha. A obsessão do procurado Oscar Dias do MP cearense em relação ao ENEM deveria ser analisada à luz da psicanálise. 


Veja

25.01.12

PF apura se vazamento do Enem é maior do que admitido

A Polícia Federal (PF) confirmou nesta quarta-feira que requereu ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) acesso a 30 cadernos de questões usadas no pré-teste do Enem em 2010. Até agora, apenas dois cadernos foram tornados públicos – eles continham as 14 questões vazadas pelo Colégio Christus, de Fortaleza, antes da realização da prova de outubro de 2011.

O pedido da PF atende a uma requisição do Ministério Público Federal no Ceará. Além de ver os cadernos, o procurador da República Oscar Costa Filho quer saber a quantidade de questões presentes no banco de itens do Enem – cerca de 6.000, segundo disse certa vez o ex-ministro da Educação Fernando Haddad – e a data em que cada uma delas foi testada.

A suspeita do procurador é que o vazamento de questões é maior do que o admitido até agora pelo Ministério da Educação. Ou seja, testes presentes nos 30 cadernos ainda mantidos sob sigilo pelo MEC também poderiam ter sido vazados antes da realização da avaliação.


Novela – Até agora, o MEC admite apenas o vazamento das 14 questões. Presentes na edição de 2010 do pré-teste – exame que "calibra" questões para a avaliação federal –, os testes foram distribuídos a estudantes do Colégio Christus e do cursinho pré-vestibular dias antes da realização do Enem 2011. Inicialmente, o MEC cancelou apenas os testes das provas do alunos do colégio, reconhecendo somente depois que o vazamento havia beneficiado também os participantes do cursinho.

Até agora, a investigação da PF levou ao indiciamento de dois funcionários do Colégio Christus, apontados como responsáveis pelo vazamento. A investigação revelou também falhas na realização do pré-teste de Fortaleza: os fiscais da prova foram contratados pelo Christus, o que contraria determinação do Inep e, portanto, do MEC. 


domingo, 22 de janeiro de 2012

Sim, a Veja passou dos limites

A capa da Veja desta semana desceu a nível deplorável. A pergunta da capa expõe um ato falho revelador.

 

Veja

21.01.12



sábado, 14 de janeiro de 2012

Jornalismo tosco e leviano


Matéria de O Globo sobre as câmeras de segurança da Penitenciária de Catanduvas é um ótimo exemplo de como não fazer jornalismo. Cito alguns problemas na matéria:

1. O jornalista faz referência ao relatório produzido pela  Seção de Execução Penal que aponta o problema nas Câmeras mas não informa a quem está subordinada esta Seção. Caso ela seja subordinada ao Ministério da Justiça por que foi necessário a participação da Justiça para garantir o seu envio as autoridades competentes? 

2. Informa ainda que as falhas foram confirmadas pelo Ministério Público, mas não entra em detalhe sobre esta manifestação do MP.

3.  A justiça teria ordenado que as denúncias fossem enviadas ao Ministério da Justiça, mas não explica como isto foi feito. 

4.  Chama de operação a formalização do convênio firmado pelo Ministério com a empresa Segurança e Vigilância Patrimonial (CSP).


 Ao final da leitura  não ficamos sabendo se a origem da notícia é o relatório da  tal Seção Penal, do Ministério Público ou se existe uma outra fonte.


O Globo
13/01/2012
Ailton Carvalho

Justiça investiga câmeras piratas em presídio de segurança máxima

Link:

http://oglobo.globo.com/pais/justica-investiga-cameras-piratas-em-presidio-de-seguranca-maxima-3656383#ixzz1jRbbPWaq 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Jornalismo não é tribunal

Jornalista de O Globo desafina o coro do denuncismo oportunista e apresenta outra perspectiva para analisar a situação do Ministro da Integração. Pode está certo, pode está errado. Não é isto o que importa, e sim o compromisso com a isenção.

Globo
09/01/2021
Ricardo Noblat
Sempre que o Congresso entra de férias no meio e no fim do ano, desabrocham o que o ex-deputado Thales Ramalho, secretário-geral do antigo MDB, chamava de "flores do recesso". São assuntos destinados a ocupar largo espaço nos meios de comunicação até que o Congresso volte a funcionar. Irrompem de uma hora para a outra. Fenecem de repente.
De longe, a mais viçosa flor do atual recesso é a história do ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional, que usou quase 90% da verba do programa federal de prevenção de desastres naturais para socorrer Pernambuco, seu estado, vítima de duas inundações em 2010 e de uma no ano passado.
Cara de pau esse ministro... No ano passado, e novamente neste, fortes chuvas castigam meia dúzia de estados, fazendo transbordar rios, destruindo casas e estradas, matando e desabrigando gente. E o ministro só se preocupa com a terra onde mercadeja seus votos. Um abuso! É ou não é?
Inclua-me fora dessa! Em junho de 2010, duas inundações varreram parte de Pernambuco. Outra parte foi varrida em maio último. No total, cerca de 80 mil pessoas ficaram desalojadas e desabrigadas. Tombaram 16 mil casas, 600 escolas, seis hospitais de médio porte e 26 pontes de grande porte.
Em meio à terceira inundação, Dilma telefonou a Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB, oferecendo ajuda. Ele pediu R$ 500 milhões para construir um sistema de cinco barragens capaz de evitar a repetição do flagelo. Dilma topou dar a metade. O estado daria o restante. Negócio fechado.
Há R$ 6 bilhões alocados em ministérios para uso em prevenção e combate a desastres naturais. O da Integração Nacional dispunha apenas de R$ 31 milhões. Com o conhecimento de Dilma, remeteu R$ 25 milhões para Pernambuco - o que significa 10% do que foi garantido por ela. Ou 5% do preço das cinco barragens.
Minas Gerais recebeu no ano passado R$ 50 milhões para aplicar nas 80 cidades atingidas pelas chuvas de janeiro. Os reparos só foram concluídos em 15 delas. Há poucos dias, tiveram início em mais dez. Sumiu gorda parcela do dinheiro reservado para recuperar a semi-destruída Região Serrana do Rio de Janeiro.
São 251 as cidades com risco elevado de desastres naturais. A tragédia carioca que no ano passado custou a vida de mais de mil pessoas acelerou a montagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Precariamente, 56 cidades vem sendo monitoradas há dois meses - nenhuma fora de Sul e Sudeste. Ó paí, ó!
Eduardo lamenta a conduta do governo Dilma quando a imprensa, à falta de escândalos de verdade, imaginou estar diante de um - o primeiro de 2012. O governo poderia ter respondido a denúncia inaugural e abortado o barulho - mas não. Custou a reagir. Só o fez ao perceber com quem entrava em rota de colisão.
Lula trata Eduardo como se fosse um filho adotivo. Eduardo reelegeu-se vencendo o atual senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) em todos os 184 municípios de Pernambuco - em 102 deles com mais de 90% dos votos, em 47 com mais de 95% e em 23 com mais de 98%. Nenhum outro estado registrou vitória tão acachapante.
Coube à ministra do Planejamento repetir de público o que Eduardo havia dito sobre o acordo para a construção das barragens. Coube também à ministra avalizar tudo o que fez seu colega da Integração Nacional. Por fim, coube ao presidente do PT incensar as virtudes do PSB, precioso aliado.
Entre outras coisas notáveis, os pernambucanos se gabam de ter a maior avenida em linha reta das Américas e o maior shopping center do país. Já tiveram uma inesquecível casa em forma de navio. Debocham deles mesmos ao dizerem que os rios Capibaribe e Beberibe se juntam no Recife para formar o Oceano Atlântico.

Eduardo é o governador mais popular do Brasil com 90% de aprovação. A levar-se em conta a mania de grandeza dos seus conterrâneos, agora corre o risco de virar unanimidade.

sábado, 7 de janeiro de 2012

O vôo cego a procura de alvo na esplanada

Numa matéria sem pé nem cabeça, jornalista da Veja critica o comportamento do ministro da ciência e tecnologia, Aloizio Mercadante. Segundo Lucia Marques o ministro se finge de morto para não se manifestar a respeito das chuvas na região sudeste. Como assim, se ela mesmo informa que Mercadante deu entrevista em Pernambuco e falou “para jornalistas locais” sobre a situação das chuvas e os investimentos feitos no estado?

Veja.com

07/01/2012

Luciana Marques

Aloizio Mercadante já não é mais o mesmo

Chama atenção o silêncio do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, sobre as chuvas que atingem o Sudeste e causam estragos e mortes desde o início do ano. Mesmo sendo um dos poucos auxiliares da presidente Dilma Rousseff que seguiu no batente em janeiro, ele não se dispôs a dar explicações, em Brasília, sobre as ações do governo para minimizar o efeito dos temporais.
Há um ano, foi com entusiasmo que o ministro anunciou que o governo criaria um sistema de prevenção a desastres naturais, em meio à tragédia na região Serrana do Rio. Chuvas e prevenção, lembre-se, são atribuições da pasta de Mercadante, em conjunto com os ministérios das Cidades e da Integração Nacional.
Ano passado, o ministro não perdeu a chance de dar explicações sobre assuntos de sua pasta. Convocou coletiva de imprensa até para acalmar a população brasileira sobre os programas nucleares do país, diante do acidente nuclear de Fukushima no Japão em março. 
Com um pé no Ministério da Educação, Mercadante parece estar com o pensamento longe da Ciência e Tecnologia. Em meio ao anúncio de compra de pluviômetros durante o programa Bom Dia, ministro, desta quinta-feira, ele deixou escapar: “Vamos aguardar a reforma ministerial, mas eu prometo para você que, se isso acontecer, e é possível que aconteça, estarei aqui à disposição e podemos discutir a pasta da Educação.” 

Se não quer exposição pública, pelo menos nos bastidores o ministro tem atuado. No domingo ligou para o governador mineiro Antonio Anastasia para alertar sobre as chuvas e a necessidade de se acionar a Defesa Civil. Curiosamente, o ministro está desde quinta-feira em Pernambuco, estado do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.
Aos jornalistas locais, o ministro chegou a comentar a situação das chuvas e até elogiou os investimentos no estado para prevenção de desastres. Mercadante visita nesta sexta-feira instalações de um Centro de Informática no Recife. Já Bezerra, sob suspeição após ter beneficiado Pernambuco na distribuição de verbas federais antienchente, vai a Minas Gerais tratar de chuvas. 

Entre os nomes ventilados para substituir Mercadante estão os do ex-deputado Ciro Gomes (PSB), da senadora Marta Suplicy (PT-SP) e do deputado federal Newton Lima (PT-SP), além do nome do  secretário-executivo da pasta, Luiz Antonio Rodrigues Elias.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Presunção de inocência? Bobagem, eu sei que ele é culpado.

O esporte favorito da imprensa continua em alta: Derrubar Ministro. O da vez agora é o da Integração, o pernambucano Fernando Bezerra. Estadão divulgou informação da ONG Contas Aberta sobre a distribuição das verbas do Ministério e A conclusão é imediata: Ministro priorizou o estado em função dos seus interesses eleitorais.  Pode ser que sim, pode ser que não. Caberia ao jornal uma investigação mais criteriosa e transferir aos seus leitores o julgamento moral.

Estadão.com
05/01/2012

Luciana Marques


Por que Bezerra tanto se preocupa com Pernambuco


Não foi sem propósito que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, privilegiou o estado de Pernambuco na liberação de recursos para ações de prevenção de desastres. Apesar de dizer que “qualquer brasileiro” o faria em seu lugar, não é qualquer um que tem as pretensões políticas do ministro. Inicialmente, Bezerra sinalizou que disputaria a prefeitura do Recife pelo PSB este ano. Até trocou o domicílio eleitoral de Petrolina para Recife, a fim de cumprir exigência da legislação eleitoral caso saísse de fato candidato. 
Para concorrer, no entanto, teria que comprar briga com o atual prefeito da capital, o petista João da Costa, que pretende disputar a reeleição, apesar de ser mal avaliado pelos recifenses em pesquisas locais. Nem o PT está unido em torno do nome do prefeito e outros postulantes são cogitados para a candidatura, como o ex-prefeito João Paulo Lima, o senador Humberto Costa e o secretário do Governo de Pernambuco, Maurício Rands.
Para evitar a queda de braço com o PT, tanto Bezerra, quanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiram baixar o tom. Agora, dizem que o PSB só deve decidir se lançará candidatura para prefeitura do Recife depois que o PT bater martelo sobre o assunto, o que deve ocorrer em fevereiro.
O recuo de Campos, padrinho político do ministro, tem motivo. Ele negocia com o PT a aliança entre os partidos nas eleições de 2014. Em outras palavras, quer abrir mão da prefeitura da capital para que o PSB continue no comando do governo do estado, com apoio do PT. O nome mais forte para substituir Campos é justamente o do ministro Fernando Bezerra.
Outro nome também cogitado pela legenda é o do Secretário das Cidades do estado, Danilo Cabral. A avaliação, porém, é que ele tem menos experiência política do que o ministro. Bezerra foi prefeito de Petrolina por três mandatos, deputado estadual e federal e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco antes de comandar a pasta da Integração Nacional. 
Outro motivo que levou a cúpula do PSB a mudar de posição foi o receio de perder o Ministério da Integração, se comprasse a briga com o PT. “Eduardo Campos não quer perder o ministério e fez essa jogada”, diz um petista da região. Ele disse ainda que, por enquanto, não há nenhum acordo do PT com o PSB para as eleições de 2014. 
Desconforto – O governador também resolveu baixar a guarda depois que conversas de petistas insatisfeitos com sua atuação vazaram na imprensa local. Eles teriam dito que Eduardo Campos estava tentando impor suas posições para conquistar mais espaço para o PSB. Teriam lembrado ainda que a mãe do governador, Ana Arraes, conseguiu ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU), graças a sua força política. Para evitar maiores conflitos com os petistas, Campos e Bezerra amenizaram o discurso. Assim como ocorreu com as verbas destinadas prioritariamente a Pernambuco, a decisão não está dissociada de intenções políticas.

Desinformar não é preciso.

Descompasso entre título e matéria. O título sugere descaso e lentidão para resolver o problema, mas quem vai além dele encontra outra informação no corpo da matéria. 


Correio Braziliense.
05/01/2012


A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro inicia, até o fim deste mês, ações emergenciais na região serrana, utilizando parte dos recursos federais que chegaram para o estado, no montante de R$ 320 milhões.


O secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quinta-feira (5) que serão feitas dragagens mais profundas em mais 15 rios da região. Serão licitadas obras para a construção de oito parques fluviais, “que garantem a proteção dos rios, atividades como ciclovias, esporte, hortos, mas evitam que se tenha gente morando em local que vai encher, para que as pessoas não morram”.

Segundo Minc, a construção dos parques fluviais tem o objetivo de fazer com que não haja pessoas morando em locais com risco de deslizamento. “Se chover, você perde a ciclovia, perde alface, mas não perde a vida”, ressaltou o secretário. Serão construídos mais quatro reservatórios na região que receberão a primeira carga pesada de água das chuvas e impedirão que as cidades inundem. “Serão obras complementares, mais profundas”.

A secretaria providenciou a dragagem de 14 rios nos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. A dragagem retirou desses rios 650 mil metros cúbicos de lama. Nessas cidades, foram instalados mais dez hidrômetros, equipamentos para alerta de enchentes. Com esses, sobe para 30 o total de equipamentos de hidrometria na região.

Minc espera que a reunião que ocorrerá esta noite com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o governador Sergio Cabral Filho, garanta recursos compartilhados para a realização de obras mais estruturais no noroeste do estado, para resolução dos problemas de inundações.

“São três desvios de rios e um reservatório grande que vão, definitivamente, resolver os problemas de inundação”. Outra obra grande na região, com recursos federais e estaduais, é a recuperação dos canais de Campos, visando impedir enchentes nas áreas situadas entre Campos e São Francisco do Itabapoana e São João da Barra, em torno da Lagoa Feia. Minc destacou que vários canais já foram recuperados, envolvendo recursos no valor de R$ 100 milhões.

A expectativa do secretário é licitar as novas obras agora, para que elas possam ser iniciadas entre abril e maio próximos. Carlos Minc destacou ainda a necessidade de ser construída uma barragem em Minas Gerais, porque, segundo ele, boa parte do volume de água que chega ao estado do Rio vem de Minas. “O Rio Muriaé está dentro de uma bacia hidrográfica federal”, lembrou.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Avaliar positivamente é proibido?

Portal Globo.com reproduz – entre aspas- a avaliação do governo sobre desempenho dos aeroportos no final do ano, mas não fez nenhuma consideração sobre os resultados. Talvez seja porque tudo transcorreu bem, caso contrário o jornal não se furtaria de condenar sumariamente a ANAC e a INFRAERO.

G1.com
03/12/2012
Priscilla Mendes


Desempenho de aeroportos foi 'muito bom' no fim deano, avalia governo


O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, afirmou nesta terça-feira (3) que o governo avaliou como "muito bom" o desempenho dos aeroportos brasileiros em dezembro de 2011. O ministro se reuniu na tarde desta terça com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O volume de atrasos do mês passado, segundo o ministro, foi menor do que o esperado pelo governo. A secretaria tinha meta de 15% de voos atrasados, mas foram registrados 13%. O percentual de voos cancelados foi de 3,5%, enquanto a secretaria esperava 5%.

Bittencourt informou que o governo “está tomando providências para melhorar o atendimento das pessoas" e para aumentar a quantidade funcionários da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Infraero nos aeroportos. Mas ainda não há prazo para conclusão das medidas.

O ministro disse que esta segunda-feira (2) foi um “dia atípico”, quando atrasos significativos foram registrados nos principais aeroportos brasileiros devido às chuvas.

“Foi um dia atípico, mas hoje já estamos com situação melhor, com tempo melhor. [...] Em todo o mundo fecha aeroporto por causa de problemas de tempo. Ainda não descobrimos um convênio com Deus para isso”, disse o ministro.

Em dezembro de 2011, o volume de voos domésticos e internacionais cresceu 8% em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com dados do governo.

A Secretaria de Aviação Civil estima que o número de passageiros tenha aumentado cerca de 13% em dezembro de 2011 em relação ao mesmo mês de 2010. Esse dado, contudo, não está fechado, segundo o ministro.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fantástico ensina como atender desejos de bilionário.

1º Fantástico do ano foi generoso com Eike Batista, ajudando-o a realizar um dos seus desejos: tornar-se reconhecido por todos os brasileiros, do mais importante até o mais simples. Se fosse um programa jornalístico teria perguntado ao bilionário se ele vai acabar com a Marina da Glória para transformá-la em Centro de Evento.

Fantástico
1º/12/2012


domingo, 1 de janeiro de 2012

Pauta importante, matéria incompleta.

Jornalista da Tribuna do Norte se esquece de perguntar ao Secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte sobre o Plano de Educação nas Prisões; embora fale na matéria sobre o assunto.

Tribuna do Norte
1º/01/2012
Marco Carvalho

 

RN terá 1.198 novas vagas no sistema prisional


O Rio Grande do Norte contará com cinco novas cadeias públicas em 2012. O reforço significativo na infraestrutura do Sistema Penitenciário Estadual será possibilitado através de convênio com o Ministério da Justiça, especificamente com o Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional do Departamento Penitenciário Nacional. No total, serão 1.198 vagas, divididas em cadeias masculinas e femininas espalhadas pelo Estado. As cidades que receberão as unidades prisionais já estão pré-definidas: Ceará-mirim, Parnamirim, Macau, Parelhas e Lajes. O investimento no RN, de acordo com estimativas do Ministério da Justiça, gira em torno de R$ 47 milhões, dos quais devem encontrar contrapartida do Governo do Estado entre 10% a 25% - porcentagem a ser definida.
O auxílio do Governo Federal havia sido anunciado em outubro e foi formalizado em novembro, através da portaria nº 522/2011. No RN, serão três cadeias masculinas, com 232 vagas cada, e duas femininas, com 251 vagas cada. O formato será similar ao novo pavilhão da penitenciária de Alcaçuz: pré-moldado, que permite a construção e finalização em  até oito meses. De acordo com informações do secretário de Justiça e Cidadania, Thiago Cortez, os terrenos já foram doados e as licenças ambientais estão em andamento. A previsão é que ainda em 2012, o Estado possa conta com as novas unidades prisionais para desafogar as existentes, principalmente na capital.
Segundo o secretário Thiago Cortez, o Rio Grande do Norte foi o 8º Estado do país a conseguir a maior quantidade de vagas no convênio federal. Isso se deu devido ao correto preenchimento do Infopen, cadastro nacional de estabelecimentos prisionais. "Já publicamos chamamento no Diário Oficial para as empresas interessadas na construção de unidades pré-moldadas se manifestarem. A partir de agora, estamos aguardando orçamentos", informou Thiago Cortez.

Dentre as metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional estão a eliminação do déficit em estabelecimentos prisionais femininos e a redução do número de presos em delegacias de polícia. De acordo com Thiago Cortez, isso serão conseqüências notadas no RN. "Com as construções, iremos zerar o déficit em vagas femininas".

Ele continua. "Além disso, com a concretização da construção das cadeias, podemos começar a resolver um grande problema chamado Centro de Detenção Provisória", disse. Os CDPs, como são chamados, já chegaram a ser condenados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e alguns deles foram fechados em Natal, como o localizado no bairro das Quintas. Sem regulamentação, a superlotação é constante. "Os CDPs são improvisações que têm que acabar. E isso será possível com as novas obras destinadas a presos provisórios", enfatiza o secretário.

Além das obras com auxílio federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) também quer reformas para outras unidades do Estado, como Alcaçuz. "Alcaçuz tem uma estrutura que nunca passou por reforma, desde 1998 é a mesma. O Estado não tinha procurado investir, hoje é que a mentalidade está mudando", disse Thiago Cortez.
A Sejuc também trabalha para combater um problema apontado pelas autoridades de segurança pública: a presença de celular dentro dos presídios. "Pensamos sim em instalar bloqueador de sinal, mas é fácil de mudar a freqüência. Queremos fiscalização com raio-x e detector de metais", esclareceu Cortez. Segundo ele, também há trabalhos de investigação contra agentes penitenciários suspeitos de facilitar a entrada dos equipamentos.

"Alguns agentes já foram afastados e indiciados por tráfico de drogas e facilitação por entrada de celular em presídios. Estamos atentos a esse tipo de conduta que não é tolerada".

Programa investirá mais de R$ 1 bilhão 
A construção de cadeias públicas com 1.198 vagas no Rio Grande do Norte será possível graças a parceria com o Governo Federal. A União pretende investir R$ 1 bilhão para mudar o cenário da estrutura carcerária do país que hoje é marcado por celas superlotadas, reclamação de detentos, agentes penitenciários insatisfeitos e constante tentativas de fuga. A falta de vagas é um dos principais problemas do sistema carcerário do país. 

Com um repasse de R$ 1,1 bilhão aos estados nos próximos três anos, a iniciativa do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Penitenciário deve gerar cerca de 42,5 mil vagas em penitenciárias e cadeias públicas de todo o Brasil. Desse total, 15 mil vagas serão em presídios femininos e 27.500 em masculinos. 

Com isso, será possível zerar o deficit de vagas femininas em presídios e reduzir a quantidade de presos provisórios em delegacias. De acordo com levantamento feito pelo Fórum Nacional de Segurança Pública em 2010, aproximadamente 44% dos encarcerados eram presos provisórios, que ainda não tinham tido o processo julgado.
Segundo o ministério, atualmente o faltam entre 50 mil e 60 mil vagas no país. No Rio Grande do Norte, o deficit de vagas no sistema prisional é de quase três mil vagas.
Futuro

Além do programa de investimento na estrutura física, o governo federal divulgou dois decretos para a área carcerária: a regulamentação da monitoração eletrônica de presos provisórios e condenados e a aprovação de um plano de educação nas prisões. O objetivo é ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, definindo diretrizes e objetivos.
Como parte do programa, serão enviados ao Congresso outros projetos de lei. Um deles permite que o juiz receba mensagens eletrônicas sobre vencimentos de prazo para concessão de benefícios ao preso. Para as mulheres, há um projeto de lei que estabelece visitas periódicas de familiares.

Bate-papo


Thiago Cortez » secretário estadual de Justiça e Cidadania


Em 2011, o Sistema Penitenciário Estadual enfrentou momentos de dificuldades. No início do mês de maio, um detento foi decapitado durante rebelião na penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. O pavilhão 2 foi cenário para momentos de terror e destruição. Preso decapitado e cadáver destruído, colchões em chamas e confronto com agentes penitenciários. A confusão destruiu a estrutura do pavilhão e presos tiveram que ser relocados. 

Em setembro, foi deflagrada a greve dos agentes penitenciários. Detentos em todo o Estado aproveitaram a oportunidade para realizar motins e tentar alcançar a liberdade. Os presos também comandaram atentados de dentro de penitenciárias, levando medo à população. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE o secretário de Justiça e Cidadania, Thiago Cortez, declarou que o ano poderia ser considerado positivo, com a queda de rebeliões com mortes e fugas, além da conquista de convênios. Para ele, construir cadeias é apenas parte de um processo que desafogará o sistema penitenciário. Falta a contribuição do Poder Judiciário e a ação efetiva da Defensoria Pública. Confira a entrevista:

Qual o balanço das atividades realizadas pela Sejuc, em 2011?

Dentro do contexto, considero que foi um ano positivo. Durante vários meses, ficamos fora das páginas policiais. O sistema prisional é naturalmente complicado, mas estamos fazendo o máximo para cumprir o plano nacional de diretrizes penitenciárias. O CNJ havia condenado alguns CDPs, no começo do ano. Era o das Quintas, que foi fechado, o da zona Norte, que estamos reformando, e o da Ribeira, onde será promovido uma grande mudança para não ficar da forma que está hoje. 

O grande problema do sistema prisional do RN se chama Centro de Detenção Provisória?
É uma improvisação que a gente tem que acabar. As novas vagas serão destinadas a presos provisórios e com essas cadeias teremos condições de fechar vários CDPs. 

Qual o envolvimento do Poder Judiciário para a contribuição da situação dos detentos provisórios?
Esse ano foi de grande parceria entre a Sejuc, o Ministério Público e o Poder Judiciário. A questão dos presos provisórios passa pela falta de funcionários e estrutura do Poder Judiciário. E realmente existe a dificuldade. O Brasil possui 500 mil presos provisórios. Temos que avançar nesse sentido. Poderíamos evitar os presos provisórios com as penas alternativas.


A solução para o sistema prisional é a construção de cadeias públicas?

Construir cadeias é apenas uma parte da solução, juntamente com o fortalecimento da Defensoria Pública e do fomento às penas alternativas. 
Como o fortalecimento da Defensoria Pública poderia auxiliar nessa questão?
A maioria dos presos não possuem nenhuma assistência jurídica, que o Estado é obrigado a dar. Hoje, não temos uma Defensoria Pública estruturada, apesar de termos bons defensores. A estrutura ainda é acanhada. Esse fortalecimento impediria que muitos dos presos continuassem superlotando o nosso sistema. 

A Sejuc também é responsável pelas Centrais do Cidadão. Durante 2011, ouviu-se críticas a respeito da estrutura desses locais e do seu funcionamento precário. Como o senhor encara essa crítica?
Pegamos as Centrais do Cidadão com todos os aluguéis atrasados desde setembro de 2010. Tivemos que tomar pé de toda a situação. Todas as centrais necessitam de coisas básicas como reforma nas instalações hidráulicas e elétricas, troca de equipamentos de informática. Diante das dificuldades financeiras, o Governo não teve condições de fazer isto esse ano. Para 2012, queremos focar nas centrais do cidadão, revitalizar o serviço, baixar os aluguéis considerados caríssimos. Em janeiro, já temos reunião agendada com a governadora, que já se prontificou a alterar a realidade vista nas centrais hoje em dia. 
Além do programa de investimento na estrutura física, o governo federal divulgou dois decretos para a área carcerária: a regulamentação da monitoração eletrônica de presos provisórios e condenados e a aprovação de um plano de educação nas prisões. O objetivo é ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, definindo diretrizes e objetivos.