terça-feira, 29 de maio de 2012

PGR, como assim?


O mais patético no caso Gilma Mendes – LULA é a imprensa repercutir o pedido da oposição para que o PGR investigue o ex-presidente. Nenhuma palavra sobre tal bobagem: Não existe foro privilegiado.

 

 

Toda Mídia

28.05.2012

Jornalismo bom para polícia


Bom Dia Brasil se limita a contar a versão da ROTA (polícia de São Paulo) sobre a morte de 06 pessoas. Segundo o Repórter era para ser uma reunião discreta mas uma denúncia anônima impediu a tentativa de resgate de importante criminoso. Nada é questionado pelo jornalista nem pelos apresentadores. O comentarista Rodrigo Pimentel até faz referência ao famoso caso “castelinho” que envolveu a ROTA tempos atrás, mas termina por acatar a versão da polícia.

Jornalismo mais cuidadoso teria recontado cada momento desta ação, não foi o caso do Bom Dia Brasil. 



Bom Dia Brasil

29.05.2012

Thiago Scheuer



domingo, 27 de maio de 2012

Um erro atrás do outro


1. Transmitir UFC na TV Aberta;

2. Prometer luta ao vivo e não cumprir;

3. Transmitir a luta 35 minutos depois de encerrada e fingir que é ao vivo;

4. Ignorar o tuitaço (?) e não pedir desculpas;

5.  Por último: Exibir o filme A casa das Coelhinhas;

 

Rede Globo

27.05.12

UFC - 146

sábado, 26 de maio de 2012

Veja também faz jornalismo


Veja

26.05.12

Eduardo Saverin, o brasileiro do Facebook, contasua história

Fábio Altman, de Singapura

Em 11 de maio, uma semana antes da abertura de capital do Facebook na bolsa de valores das empresas de tecnologia, a Nasdaq, o blog Bits, do New York Times, cometeu um erro antológico. Ao fim do texto — "Um fundador do Facebook renuncia à cidadania americana", informava a chamada —, vinha a constrangedora e necessária confissão do risível equívoco: "Uma versão anterior deste texto incluía uma foto publicada erronea­mente; ela mostrava Andrew Garfield, o ator que interpretou Eduardo Saverin no filme A Rede Social, e não o próprio Saverin". Quem recorda a derrapada do jornalão nova-iorquino, lembrança atrelada a um sorriso de Gioconda, incapaz de fazer aparecer os dentes, quase envergonhado, é o próprio Eduardo Saverin. Ele vive uma curiosa condição — a de precisar comprovar, em seu discreto cotidiano de Singapura, onde mora desde 2009, que não é como o personagem do filme e que Garfield, o próximo Homem-Aranha das telas, pode até interpretar muito bem, mas o Saverin de Hollywood nada tem a ver com o Saverin real. "Aquilo é Hollywood, não é documentário", diz, com o sotaque que mistura a típica toada paulistana de quem viveu no Brasil até os 10 anos com o inglês de quem cresceu em Miami, formou-se em Harvard e ficou bilionário por estar no centro de uma das mais espetaculares criações de nosso tempo: o Facebook, de quase 1 bilhão de curtidores e valor de mercado próximo aos 100 bilhões de dólares. Saverin é o sócio número 2 desse clube (cujo primeiro endereço foi registrado na casa dos pais do brasileiro em Miami, ainda como Thefacebook, em 2004), atrás apenas de Mark Zuckerberg. O resto é história.
Ressalte-se que o próprio Saverin contribuiu para o embaralhamento público de seu ego com o alter ego do cinema. Avesso a qualquer contato pessoal que exclua amigos de confiança — "no Facebook não gosto de exibir minha privacidade", diz —, ele tem sido um grande mudo, incapaz de meter seu nariz adunco e as calças Diesel de modelo rasgado onde não é chamado, desde que foi passado para trás por Zuckerberg, recorreu à Justiça, reconquistou o direito de ter quase 5% de ações da empresa (o equivalente a 5,8 bilhões de dólares, talvez um pouco menos, com a oscilação para baixo dos papéis na Nasdaq) e seu nome devolvido ao rol de fundadores. Não falou por imposição de contrato e simplesmente porque não queria falar, protegido pela timidez. É uma fase que termina agora. Saverin recebeu VEJA com exclusividade. Ao contar parte de sua trajetória, a verdade vista por quem a viveu, demole alguns dos mitos que o cercam.
É verdade que a família Saverin deixou o Brasil, em 1992, porque tinha sido incluída numa lista de possíveis vítimas de sequestradores? Não. Aqui quem recorda é o pai, Roberto Saverin, dono de uma companhia exportadora de remédios em Miami. "Sempre quis morar nos Estados Unidos, era um sonho que decidi alimentar porque o Brasil estava em crise, o Collor tinha congelado a poupança, não estava nada fácil", diz. Roberto migrou para fazer a América com a mulher, psicóloga, e três filhos — Eduardo, uma irmã dois anos mais velha que ele e um irmão, o primogênito. Foi somente alguns anos depois, já nos Estados Unidos, que Roberto soube que Eugênio Saverin, seu pai, judeu romeno que montou no Brasil uma das mais conhecidas lojas de roupas infantis de São Paulo, a Tip Top, aparecera numa lista de supostos sequestráveis.
É verdade que Saverin arremessou um notebook em cima de Zuckerberg, como aparece numa das melhores cenas de A Rede Social? Não. "Jamais faria isso, muito menos com o Mark", assegura, e cinco minutos de convivência com sua calma etérea indicam ser muitíssimo improvável, para não dizer impossível, que ele reagisse daquela maneira. É verdade que Saverin leva vida de príncipe árabe em Singapura, rodeado de mulheres e festas nababescas regadas a Moët & Chandon? Não, nada além do que seus 30 anos e o dinheiro autorizem.
Quanto às mulheres, sabe-se de uma única, a namorada nascida na Indonésia que lhe ensinou a arte de tirar os sapatos antes de entrar em casa e cuja personalidade retraída emparelha com a do brasileiro. É verdade que ele vive no prédio mais alto de Singapura, debruçado para o Oceano Pacífico emoldurado por uma cordilheira de arranha-céus modernosos? Não. Saverin muito recentemente deixou o apartamento que dividia com um amigo americano para morar sozinho em um bairro um pouco mais afastado do burburinho. É um condomínio de luxo, sim — uma penthouse foi vendida ali no início de maio pelo equivalente a desavergonhados e quase inacreditáveis 27 milhões de reais —, mas perfeitamente compatível com sua fortuna, construída a partir do sucesso do Facebook (ainda que a derrapagem das ações tenha lhe subtraí­do 230 milhões de dólares em uma semana), e com o padrão altíssimo de Singapura.
Um dos quartos do apartamento serve de escritório. Saverin não tem secretária. São três monitores Mac de 27 polegadas que dividem a atenção com um iPhone e um iPad, permanentemente acessados. A partir desse conjunto eletrônico ele dispara pedidos de compra de ações e investimentos com conselheiros e advogados na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos — um deles é seu irmão. A diferença de fuso horário de Singapura para o resto do mundo o faz trabalhar até dezesseis horas por dia. Viaja muito, às vezes quatro vezes por mês, a ponto de saber de cor horários de voos e quando o vento sopra a favor ou contra as aeronaves. Uma das telas de computador está sempre ligada em sites e programas de estudo e simulação de furacões, tsunamis e derivados. É interesse que vem da infância, quando olhava para as nuvens. Em algum momento ele chegou a ganhar dinheiro em mercados futuros de commodities afetadas pelas intempéries da natureza. Não mais, agora é apenas o prazer científico, só comparado a sua paixão pelo xadrez, também trazida lá de trás. Os pais lembram-se do dia em que Saverin, então com 13 anos, ganhou uma partida de um mestre internacional em Orlando. Foi um feito tão fora da curva que virou notícia de uma revista da Associação Internacional de Xadrez. Quando estava prestes a dar o xeque-mate, ele se virou para a mãe, Sandra, e pediu licença: "Acho que vou ganhar, será que vai pegar mal?". Ante a aquiescência materna, encurralou humildemente o adversário.
Saverin age como quem joga xadrez — tenta antever o que virá depois, em lances ora agressivos, ora cautelosos. Dos pais e de Harvard aprendeu que errar muito é o caminho mais curto para acertar, mesmo pouco. Negociador, é nato. Antes de ir para os Estados Unidos, pré-adolescente, vendeu um videogame para um amigo, com quem também dividia o fascínio por Michael Jackson, mas disse ao pai que só embarcaria se ganhasse outro. Levou o que pediu e, de quebra, foi presenteado com um micro Packard Bell, seu primeiro. "Hoje tenho investido como louco", diz. Pôs dólares em dezenas de empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia como investidor-anjo, figura nascida no Vale do Silício. Algumas já andam bem. Quer entrar no Brasil, "porque está em meu coração, sou brasileiro, é o lugar onde nasci", mas ainda não descobriu uma boa janela. Recentemente, em trocas de e-mails, esbarrou em mensagens copiadas para Eike Batista — mas essa ainda não é sua porta de entrada brasileira. Não quer minérios, a não ser que tenha alguma relação com silício, com tecnologia. Insistente, tenta achar um novo Facebook.
Mas onde ele está? "Na área de tratamento de saúde, acho", afirma. Ao amigo com quem dividia o apartamento, com quem compartilhou o quarto em Harvard no tempo da gênese do Facebook e com quem deu a volta ao mundo em 2009 até parar em Singapura (o.k., não eram mochileiros), entregou 500 000 dólares para os primeiros passos de uma empresa, a Anideo, que já faz games de sucesso e um agregador de vídeos. "Naquele tempo do começo do Facebook, eu jogava beisebol e tinha namorada, estava perto fisicamente mas longe no negócio, aí não fiquei rico", brinca Andrew Solimine, o segundo Andrew mais importante da vida de Saverin. O primeiro é o furacão Andrew, que em agosto de 1992 passou por Miami, devastador. "Fiquei fascinado, e, tendo já alguma informação científica, consegui ir até o olho do furacão, literalmente", conta Saverin.
Olho do furacão que não se compara, em força, ao vivido nas duas últimas semanas, depois que a imprensa divulgou sua renúncia à cidadania americana, supostamente para evitar os 15% de impostos sobre ganhos de capital — taxa que inexiste em Singapura e lhe poupou pelo menos 67 milhões de dólares. Acusaram-no até de ingrato e traidor, por não devolver aos Estados Unidos o que os Estados Unidos lhe deram. Saverin nega que tenha fugido do leão do imposto. "A decisão foi apenas baseada no meu interesse em trabalhar e viver em Singapura", diz. "Sou obrigado e pagarei centenas de milhões de dólares em impostos ao governo americano. Paguei e continua­rei a pagar as taxas devidas sobre tudo o que ganhei enquanto fui cidadão dos Estados Unidos." O pai, Roberto, a quem Eduardo tem como ídolo e mentor, revela novos detalhes dessa escolha: "Foi duro também para mim, que construí nova vida nos Estados Unidos, quando o Eduardo disse que teria de renunciar à cidadania. Fez isso não exatamente porque quisesse, mas porque não tinha alternativa, vivendo em Singapura. Toda movimentação financeira lá é mais restrita e burocratizada quando se tem o passaporte americano. Não havia outro caminho". E nos Estados Unidos, admite o pai, sobretudo depois do IPO do Facebook, "seria muita pressão para ele".
Saverin tende sempre a contemporizar, porque é de sua índole, mas também porque não é bobo, e uma palavra fora de lugar pode retornar como um bumerangue. Instado a comentar um dos e-mails enviados por Mark Zuckerberg a outro cofundador do Facebook, Dustin Moskovitz, revelado há poucos dias, Saverin não pisca nem mexe as grossas sobrancelhas, revelando algum incômodo. Escreveu Mark, em 2005: "Ele deveria criar a empresa, obter financiamento e fazer um modelo de negócios. Falhou em todos os três. Agora que eu não vou voltar para Harvard, não preciso me preocupar em ser espancado por bandidos brasileiros". A resposta de Saverin, agora: "Só posso falar bem do Mark, não tenho ressentimento algum; é admirável o foco dele desde o primeiro dia até hoje — foi um visionário, sempre soube que o Facebook só cresceria se mantivesse a ideia central, a de as pessoas se apresentarem verdadeiramente, sem pseudônimos. é a grande força do Facebook, o que permitiu transformá-lo em um instrumento de protesto, como no Egito, mas também de negócios, além do contato natural com amigos".
Personagem decisivo da ainda jovem trajetória das redes sociais, Saverin ensaia outro pulo, o dos meios de pagamento eletrônicos — cerne de alguns de seus investimentos mais pesados, entre eles uma extraordinária ideia de doação para entidades beneficentes do México por meio de cartão de crédito, sem burocracia. "O Eduardo não apenas é cofundador, mas também investidor e membro do board do negócio", diz Aldo Alvarez, o CEO do Aporta — eis o nome da inovação. "Ele não apenas entrou com o dinheiro crucial para iniciarmos a operação como contribuiu com um conhecimento tecnológico extraordinário."
Sempre modesto, Saverin parece não admitir a grandeza do que ajudou a erguer — o Facebook, ou Fakebook, depois das confusões acionárias da semana passada - e daquilo em que se transformou, globalmente. Acha que tem o gene do empreendedorismo porque o herdou dos avós. "Todos, sempre, acabamos fazendo alguma coisa", resume. Os pais conhecem essa admiração de Saverin pelo passado da família. Na semana passada, enviaram um e-mail para o filho. Ele resume, a um só tempo, esse olhar em busca das brechas de oportunidades — típico de Eugênio Saverin, o tecelão da Tip Top, o avô do Facebook — e o jeitão típico de uma família brasileira que foi para os Estados Unidos e viu o filho encaminhar fenomenais mudanças planetárias. Diz a mensagem, atrelada a uma foto: "Dudu. Seu avô Eugênio recebeu do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 29 de maio de 2002, o título de Oficial da Ordem de Rio Branco, um título muito prestigioso que só é dado a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento e o progresso do Brasil. Beijos, papai e mamãe". Dudu já tem uma vida cheia de história — e, no entanto, nasceu apenas em 1982, na franja da grande virada iniciada por Steve Jobs e Bill Gates e que culminaria na rede social de Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, rede que do início ao fim da leitura desta reportagem terá recebido 29 milhões de "curtir".

 

El Pais

26.05.2012

 

Víctima o villano de Facebook?

Lo que en Estados Unidos es un multimillonario más, en Singapur es todo un playboy. Eduardo Saverin renunció a la nacionalidad estadounidense días antes de que Facebook, la empresa que ayudó a fundar en la Universidad de Harvard, pasara a cotizar en Bolsa. Su fortuna, meramente una fracción de lo que hubiera sido si su amistad con Mark Zuckerberg no se hubiera roto cuando Facebook comenzaba a ser popular, se estima ahora en 3.000 millones de dólares (2.372 millones de euros). Con ella, se ha mudado a Asia, a vivir a lo grande, mientras una gran parte de Norteamérica le mira como un traidor, huido para no pagar impuestos.
Es cierto que Saverin, de 30 años, multimillonario número 634 del mundo según la lista elaborada por la revista financiera Forbes, se ha ahorrado al menos 67 millones de dólares (unos 53 millones de euros) en impuestos al renunciar a ser estadounidense y quedarse con un pasaporte de Brasil y un lujoso apartamento en un exclusivo rascacielos en la ciudad-Estado de Singapur, refugio de ricos apátridas del mundo entero. Por ello en Washington se considera a Saverin un evasor de impuestos. Hasta el punto de que dos senadores demócratas en el Capitolio, Chuck Summer y Bob Casey, le han pedido a la Casa Blanca que le prohíba la entrada a EE UU en el futuro.
La familia de Saverin vive en Miami, y en Facebook él mismo identifica esa ciudad como su hogar. Y pocas ciudades pueden competir con Miami en el apartado de apartamentos opulentos, coches lujosos y bares frecuentados por famosos. Pero Saverin ha elegido ahorrarse esos 67 millones de nada y vivir en Singapur.
Allí es toda una celebridad, más famoso, por supuesto, que Zuckerberg, y perseguido por admiradores y cazafortunas de toda procedencia. Se deja ver en clubes de moda, posa para fotos con aspirantes a Miss Singapur y aparece en encuentros de fórmula 1. Es el rey brasileño de la noche singapurense.
“Es una desgracia que mis decisiones personales se empleen para el debate público, no sobre la base de los hechos, sino únicamente con especulaciones y desinformaciones”, ha dicho Saverin en un comunicado difundido recientemente a los medios. “Nacido en Brasil y emigrado a EE UU, le estoy muy agradecido a EE UU por todo lo que me ha dado. En 2004 invertí los ahorros de mi vida en una nueva compañía que se creó en una habitación de un colegio mayor. Desde entonces, esa empresa se ha expandido de forma dramática y ha creado miles de puestos de trabajo en EE UU y otros lugares”.
Cuando Saverin se mudó a Singapur, en 2009, se esperaba de él una gran inversión, un innovador proyecto, una nueva empresa que le sirviera de reivindicación. Al fin y al cabo era famoso por ser el cofundador agraviado de Facebook, el joven honesto y bondadoso desbancado por Zuckerberg y su nuevo socio, Sean Parker, el fundador de Napster. Ese era, al menos, el argumento del libro Multimillonarios por accidente, del escritor Ben Mezrich, y su adaptación fílmica, la oscarizada película La red social.
En 2010, el portal TechCrunch publicó una noticia sobre su cambio de residencia. La periodista Sarah Lacy le atribuía la intención de entrar en el negocio de los juegos online para Facebook: “Saverin está manteniendo un perfil bajo, intentando construir algo propio y evitando los focos cinematográficos que su versión de los hechos ayudó a crear. Le doy crédito por ello. Será emocionante ver qué juegos acaba creando para la plataforma que parece haberle ocasionado tanto dolor y que le convirtió en multimillonario y famoso”.
En Harvard conoció a un hombre con un proyecto, el joven y retraído Zuckerberg. Le dio fondos para arrancar su proyecto de red social. Pagó por sus servidores. Y se dedicó a buscar anunciantes. Todo aquello le daría derecho, inicialmente, a un 34,4% de las acciones de la compañía, luego diluidas notablemente por Zuckerberg y Parker, hasta por debajo de un 10% primero y a cantidades mucho menores después.
Saverin demandó a Zuckerberg, y ambos llegaron a un acuerdo extrajudicial, que conllevaba un acuerdo de confidencialidad. A pesar de este, hay analistas que han apuntado a Saverin como una de las principales fuentes en la sombra de Mezrich y su best-seller, dado el detalle con que narra sus experiencias y sentimientos en el libro. Según dijo el bloguero Nicholas Carlson en una célebre entrada en Business Insiderde 2010, el libro “es la historia de cómo Eduardo se enfadó con Mark y de cómo, desde el punto de vista de Eduardo, Mark le jodió con una buena parte de las acciones de Facebook”.
Tanto en el libro como en la película, Saverin queda retratado como una víctima de la crueldad y la indolencia de Zuckerberg. Era el estudiante aplicado que, al contrario que Zuckerberg, sí acabaría sus estudios,magna cum laude. Era el prometedor hombre de negocios, presidente de la Asociación de Inversores de Harvard, que trabajaría como becario en las oficinas de Lehman Brothers en Nueva York. Era el joven agradable y por todos querido, aceptado en el exclusivo club Phoenix de Harvard.
De él escribe Mezrich, cuando narra un viaje a California en el que se da cuenta de las posibilidades de crecimiento de Facebook: “A Eduardo no le importaba estar en un discreto segundo plano, aquí en California. No había entrado en ese negocio por la fama. No le importaba si la gente sabía que él también había estado en aquel dormitorio [en el que se creó Facebook], o si sabía que era dueño de más del 30% de la empresa, que era la persona con más responsabilidades sobre un millón de usuarios, aparte de Mark. Solo le importaba que a esa gente le gustara el sitio web”.
Zuckerberg ha mantenido, durante estos años, un sepulcral silencio sobre su relación con Saverin. Ha capeado el libro y la película con estoicismo. Eso ha contribuido, en cierto modo, a que la historia que se ha contado sobre los orígenes de Facebook haya sido la de Saverin. En la saga novelesca y cinematográfica, Zuckerberg crea Facebook con los fondos de Saverin. Mientras, traiciona en secreto unos compromisos adquiridos con los apuestos gemelos Cameron y Tyler Winklevoss, con los que había llegado a un acuerdo para crear una red social. Cuando Facebook resulta un éxito, Zuckerberg traiciona por segunda vez, en este caso a su gran amigo Saverin.
Si Zuckerberg contara la historia, lo haría seguramente de un modo diferente. En septiembre de 2010, coincidiendo con el estreno de la película, aparecieron en el portal online Tech Crunch algunos correos personales del creador de Facebook. En uno, de 2004, dirigido a otro confundador de la red, Dustin Moskovitz, expresaba su verdadera opinión sobre Saverin: “Sigo manteniendo que se jodió a sí mismo… Se suponía que debía comenzar la empresa, ganar financiación, crear un modelo de negocio. Fracasó en esas tres cosas… Ahora que sé que no volveré a Harvard, no me tengo que preo­cupar por si me dan una paliza los matones brasileños”. A ojos de Zuckerberg, era más un aprovechado, y un lastre, que un amigo.
Saverin no se mudó a California cuando el resto de la empresa lo hizo, a principios de 2004. Se dedicó a avanzar su carrera en Nueva York, dejando que la red social creciera al margen de su influencia. Zuckerberg nunca se licenció, pero llevó a Facebook hasta elevadas cotas de éxito, con la apoteosis de la salida a Bolsa de este mes. Con él fueron a California sus dos compañeros de habitación en el colegio mayor. Moskovitz fue el tercer empleado de Facebook, su jefe tecnológico y vicepresidente de desarrollos de ingeniería, hasta que abandonó la empresa en 2008. Chris Hughes fue el primer jefe de prensa, y volvió a Harvard para licenciarse y para pasar a trabajar en la estrategia de redes sociales de Barack Obama.
Moskovitz creó Asana, un programa para maximizar la productividad en el puesto de trabajo. ­Hughes compró la mayoría de la participación en la revista The New Republic y es ahora su director. Y ¿qué hay de Saverin, cuando ya tiene su dinero? ¿Qué ha hecho desde que le desbancaran en Facebook? ¿Qué tiene que aportar, frente a los 901 millones de usuarios activos mensuales de la red social?

De momento, poca cosa. Saverin ha inyectado algunos millones a algunas nuevas empresas de la Red, como Shopsavvy, un comparador de precios; Qwiki, un portal social para compartir vídeos, y Jumio, para hacer pagos a través de la tecnología móvil. Esas inversiones suponen menos de un 1% de lo que ahora es su fortuna, según estimaciones de los analistas. No hay grandes proyectos ni ideas brillantes. Saverin vive la vida de unplayboy.
En Singapur conduce un Bentley, un coche de lujo que viene a costar alrededor de 200.000 dólares. En una noche de diciembre pidió en un local seis litros de vodka Belvedere y 20 botellas de champán de la marca Cristal, según el diario The New York Post. Los diarios y revistas de Singapur le muestran con frecuencia rodeado de chicas hermosas, de grandes sonrisas y cortos vestidos.
En el libro Multimillonarios por accidente se le atribuye a Saverin una temprana predilección por las mujeres asiáticas. “No es que los chicos como yo se sientan atraídos, normalmente, por las mujeres asiáticas. Es que las mujeres asiáticas se sienten generalmente atraídas por chicos como yo. Y si intento optimizar mis posibilidades de triunfar con la mujer más atractiva, tengo que pescar entre los grupos que puedan estar más interesados en mí”, dice.
El interesado, poco dado a prodigarse en los medios, ha intentado contener recientemente la indignación provocada por su renuncia al pasaporte estadounidense, que tuvo durante 10 años. Primero, ha actualizado la foto de cabecera en su perfil de Facebook con una captura de pantalla de los primeros días de la red social, en la que firma como cofundador, con el adjetivo de “brasileño”. Luego, ha dado algunas entrevistas a unos pocos medios de EE UU. Al diario The New York Times le ha dicho: “Es todo falso, especialmente lo de que soy unplayboy. Es cierto que tengo un Bentley. Es cierto que salgo. Pero es mejor que no entre en detalles personales”. Y ¿cómo se define? “La gente siempre trata de convertirte en un símbolo de algo. Si trabajas en un banco, eres un banquero. En mí ven un cofundador de Facebook”. Así ha sido durante años. Y puede que así sea para siempre.

Jornalismo fora de sintonia.


Não é novidade para ninguém que o Globo Repórter não é mais um programa jornalístico, mas ontem ele se superou: Jornalista deslumbrada, apresentando release publicitário que lembrou a revista CARAS. Isto no dia que Dilma se posicionava a respeito do novo Código Florestal.  

 

Globo Repórter

25.05.12

domingo, 20 de maio de 2012

Indicadores para medir CPI, segundo a Folha de São Paulo.

Fico imaginando o sorriso orgulho do jornalista ao criar um “indicador” para medir andamento de CPI. 




CPI do Cachoeira é a mais lenta em 20 anos



Folha de S.Paulo_On line


Breno Costa







Com potencial para envolver parlamentares e três governadores, a CPI do Cachoeira chega a quase um mês de existência com a marca de comissão mais lenta dos últimos 20 anos entre as destinadas a investigar corrupção.

Folha analisou outras dez grandes comissões de inquérito criadas desde a CPI do Collor (1992). Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público.

Durante a semana a CPI foi alvo de acordo entre governo e oposição para restringir o alcance das investigações.

A primeira tomada de depoimento público, do empresário Carlinhos Cachoeira, está marcada para terça-feira. A previsão inicial era que ocorresse na semana passada, mas os advogados de Cachoeira conseguiram no Supremo suspender a sessão alegando que não haviam tido acesso ao processo. Mesmo que o empresário tivesse dado o depoimento, o cenário da CPI em relação a comissões anteriores não mudaria.

Ainda que sejam contabilizados os depoimentos secretos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, a produtividade do caso Cachoeira é muito menor que outras. Em média, no mesmo período, as outras CPIs já tinham realizado oito depoimentos.

A CPI dos Bancos, criada em 1999 para investigar o auxílio oficial dado ao banqueiro Salvatore Cacciola, já tinha ouvido 17 pessoas. A do Banestado, que apurou um esquema ilegal de envio de dinheiro ao exterior, tinha feito 12 oitivas em duas semanas.

Mesmo as CPIs que contaram com blindagem mais explícita para conter maiores estragos ao Palácio do Planalto, como a dos Cartões Corporativos (2008) e a da Petrobras (2009), foram mais céleres em suas primeiras semanas de atividade, com seis e sete depoimentos, respectivamente.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz que a comissão é atípica porque o "trem já estava andando" --a CPI nasceu de uma operação da Polícia Federal. "A comissão está num ritmo adequado", disse. "O governo está usando um rolo compressor", diz o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), eximindo de responsabilidade a oposição, que atua para impedir a convocação do governador tucano Marconi Perillo (GO).


Até quarta, a CPI do Cachoeira também se notabilizava por ser a que menos havia aprovado requerimentos. Na quinta, uma série de pedidos de convocação e quebras de sigilo foi aprovada. Ainda assim, o número de requerimentos derrubados não tem precedentes: 64 só na quinta.

domingo, 13 de maio de 2012

Jornalismo requentado


Domingo é o dia que o UOL escolhe para nos brindar com os atrasos relativos às obras da Copa. Hoje não foi diferente. O único problema é que a matéria esqueceu de citar      que a sessão da Câmara dos Deputados ocorreu no dia 25 de abril – 17 dias atrás.


Uol

Vinicius Konchinski

13/05/2012

Licitações especiais da Copa atrasam eTCU alerta para ilegalidade na entrega das obras




Faltando 760 dias para a Copa do Mundo, atrasos em licitações especiais de obras para o Mundial têm chamado a atenção do Tribunal de Contas da União (TCU). Obras que estão sendo contratadas em regime diferenciado por causa da Copa ainda não saíram do papel e o tribunal fiscalizador das contas do governo federal já vê riscos de ilegalidades para 2014.

Isso porque a contratação de várias obras da Copa do Mundo é feita por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas). O RDC foi criado por Medida Provisória e estabeleceu regras para que a preparação do Brasil para o Mundial de 2014 fosse agilizada.

Pelo RDC, obras públicas dispensam o processo tradicional de licitação. Elas podem ser contratadas de forma mais rápida e simples. Contudo, para recebam esses “privilégios”, as obras precisam ser essenciais para a preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

Boa parte dessas obras essenciais beneficiadas pela criação do RDC, porém, ainda não saiu do papel ou está atrasada. Algumas, em particular, correm o risco de nem ficarem prontas para o Mundial. 

Preocupado com isso, o ministro do TCU, Valmir Campelo, chefe da fiscalização da Copa, fez um alerta em uma sessão da Câmara dos Deputados. Cobrou medidas do governo federal para agilizar essas obras e informou que as que não ficarem prontas até o início da Copa estarão irregulares.

“Caso não haja possibilidade de as obras terminarem a tempo [para a Copa], o Regime Diferenciado de Contratação Pública não poderá, de modo algum, ser empregado” afirmou Campelo a deputados, depois de mostrar preocupação com o andamento das obras.

De acordo com o TCU, pelo menos, quatro obras em aeroportos do país estão sendo realizadas por meio de RDC. O site oficial do Senado para acompanhamento dos gastos públicos com o Mundial informa que outras três obras de mobilidade também foram contratadas por meio do regime diferenciado. Dessas sete obras, todas têm problemas
Dentre todas as obras, o caso que mais chama a atenção é o de Cuiabá. O governo do estado vai contratar via RDC a construção de uma linha de VLT (uma espécie de trem urbano) ligando a capital do Mato Grosso e Várzea Grande.

A obra deve custar R$ 1,26 bilhões e será uma das mais caras da Copa. O contrato para a construção do VLT não foi assinado ainda. Segundo o governo do estado, isso deve ocorrer perto do dia 1° de julho. O prazo para construção do trem será de dois anos.

A Copa do Mundo de Brasil começa no dia 12 de junho de 2014. Ou seja, caso todos os prazo sejam cumpridos rigorosamente pelas empresas responsáveis pelo VLT, a obra só ficará pronta após o início da Copa, o que o TCU considera ser ilegal.

Outra situação preocupante é a da reforma do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), a reforma do terminal de passageiros 1 do aeroporto começou com 10 meses de atraso, em setembro de 2009. Está prevista para terminar em dezembro de 2013. Se a conclusão mantiver o atraso de 10 meses, a obra também só termina após a Copa.

Procurada pelo UOL, a Infraero, responsável pelas obras nos aeroportos do país, informou que todas as intervenções previstas para a Copa estão correndo dentro do cronograma, inclusive a do Aeroporto do Galeão. A estatal também garantiu que todas as obras contratadas via RDC ficarão prontas para a Copa. Já a Prefeitura de Belo Horizonte confirmou os problemas nas licitações, mas também disse que tudo estará pronto para o Mundial.

A mesma garantia foi dada pelo governo do Mato Grosso. Segundo ele, apesar do prazo para a obra do VLT já prever que ela não ficará pronta para a Copa, o cronograma pode ser antecipado pela empreiteira contrada. Por isso, a contratação da obra segue via RDC.


Em nota, o grupo do Ministério Público Federal (MPF) encarregado de monitorar questões relacionadas às obras da Copa informou que está ciente das questões relacionadas ao RDC e os prazos de entrega das obras. Na nota, o MPF afirmou que está estudando medidas sobre o assunto. "Os procuradores estão acompanhando essa situação e anunciarão as medidas a serem adotadas assim que forem devidamente finalizadas."


Site da Câmara

23/04/12

Ministro Valmir Campelo debatemobilidade urbana para a Copa

Nesta quarta-feira (25), o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Valmir Campelo participa de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara dos Deputados. O tema é o atraso nas obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo. Um levantamento da CDU aponta que apenas 5% dos mais de 12 bilhões destinados para as obras de infraestrutura e transporte foram executados.

sábado, 12 de maio de 2012

Jornalismo adormecido


Sites brasileiros ignoram o fenômeno mais interessante que acontece na Europa. Hoje o 15-M cumple um año. O UOL só enxerga curiosidade, Globo, Estadão, Veja, nem isto.


El País.

12/05/2012 

sábado, 5 de maio de 2012

maledicência não se confunde com zelo pelo coisa pública.


O zelo com a coisa pública é obrigação de todo jornalista. Se o moço colunista da Veja fosse um deles teria informado seus leitores e não se limitaria a fazer insinuações levianas.


É praxe o Minc apoiar traduções de obras literárias de escritores brasileiros? Quais são os critérios adotados? 

Não gosto do Chico Buarque como escritor, mas daí achar que ele precisa de um empurrão da irmã, é no mínimo falta de respeito.




Veja. Com

05.05.2012

Lauro jardim


Meu caro irmão

Chico Buarque vai receber uma ajuda financeira indireta do Ministério da Cultura, comandado pela irmã Ana de Hollanda. O empurrão financeiro vai ajudá-lo a vender livros no mercado asiático.
A Biblioteca Nacional acaba de aprovar o financiamento para a tradução para o coreano do livroLeite Derramado. Em 2011, o MinC chegou a cancelar o apoio da tradução do mesmo livro para o francês devido à possibilidade de conflito fraternal de interesses.
Agora, amparado em decisão da Comissão de Ética Pública, Ana não tem mais obstáculos legais para ajudar o irmão.