sábado, 26 de novembro de 2011

A lixeira virou pó?


Tribunal Regional Federal da 1ª Região absolveu o ex-Reitor da UnB, Timothy Mulholland, de improbidade administrativa. Em 2008, a imprensa noticiou gasto milionário da Fundação da Universidade de Brasília na reforma de apartamento. Entre as despesas efetuadas, a mídia elegeu a lixeira como símbolo do descaso com o dinheiro público. Durante dias e noites a imagem da lixeira aparecia nos telejornais.

A notícia da absolvição na aparece em todos os veículos que em 2008 que julgaram sumariamente o reitor. Busca no google indica apenas o globo, a folha, jornal de Pernambuco e o jornal nacional.

Para ilustrar o que foi a cobertura na época, veja abaixo na edição do Programa Hoje em Dia (08/04/2008) a indignação do Jornalista Brito Junior: “Esse Reitor não tem condição moral de  continuar na universidade. Esta é a verdade.”




(comentário do Brito Junior a partir de 1m e 40)



Folha de São Paulo
25/11/201

Ex-reitor da UnB é inocentado por Tribunal Regional Federal

FELIPE SELIGMAN

O ex-reitor da UnB (Universidade de Brasília) Timothy Mulholland foi inocentado pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) da acusação de improbidade administrativa.

Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal de desviar R$ 470 mil para decorar, com móveis e utensílios de luxo, entre eles uma lixeira de R$ 990, seu apartamento funcional.

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Ex-reitor da UnB consegue derrubar no STJ manifestação do Ministério Público

Ele já havia sido absolvido, no ano passado, pela primeira instância da Justiça Federal, mas o MPF recorreu daquela decisão.

Além de Mulholland, também foi inocentado Érico Paulo Weidle, decano da administração da UnB.

Para a relatora do caso, magistrada Assussete Magalhães, não foi Mulholland quem decidiu gastar o dinheiro no apartamento e sim o Conselho Direito da Universidade, "órgão colegiado competente".

Segundo ela, testemunhas do processo afirmaram que o ex-reitor não teria exercido influência nas decisões e que, inclusive, profissional responsável pela decoração do apartamento não o conhecia e "não teve contato para a escolha e a compra do mobiliário".

O tribunal ainda afirmou que, apesar de terem sido comprados durante a gestão de Mulholland, todos os móveis e utensílios de luxo hoje fazem parte do patrimônio da UnB.

O dinheiro gasto no apartamento era da Fundação Universidade de Brasília. O Ministério Público argumentava que houve desvio de recursos, pois deveriam ser utilizados para investir em ensino, pesquisa e desenvolvimento institucional --e não para mobiliar o imóvel do reitor.

Os procuradores ainda podem recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Mulholland renunciou ao cargo em abril de 2008, depois que alunos ocuparam a reitoria por cerca de duas semanas. Voltou a dar aulas na UnB no ano passado, quase um ano após ter deixado a direção da universidade.

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