Colunista da Veja acerta quando recupera o relatório da CGU sobre fragilidades do INEP, mas faz contorcionismo para vincular o Ministro da Educação ao preconceito antinordestino, pois é falso afirmar que o Ministro culpou os cearenses. Além disto, a turba preconceituosa que infesta as redes sociais é movida pela própria estupidez. Na verdade o colunista levanta um mote para ser usado na campanha de 2010.
Veja on line
28/10/2011
Por Reinaldo Azevedo
A ânsia de se livrar das próprias responsabilidades, Fernando Haddad, ministro da Educação, está ajudando a demonizar estudantes e professores do Ceará. Daí a estimular nas redes sociais uma corrente de preconceitos vários, vai um passo. Mais uma vez se prova que, para se defender, petistas pegam carona nem que seja nos mais baixos valores. Se algum professor do colégio Christus ou de qualquer outra escola vazou questões do Enem de forma deliberada, tem de ser punido por isso, é claro! E não serei eu a advogar a impunidade para ninguém. Mas vamos devagar! A culpa é de FERNANDO HADDAD! Os cearenses não têm nada com isso.
A Justiça vai decidir. Modestamente, sugiro ao juiz Luís Praxedes Vieira da Silva que leia este meu post. Deixo evidente, recorrendo a uma reportagem da VEJA Online a outra do Estadão, que o vazamento da prova era pule de dez! Estava escrito nas estrelas! A Controladoria Geral da República apontava, meritíssimo, com todas as letras, que os pré-testes eram realizados sem as condições mínimas de segurança. Ora, quem não oferece segurança aposta no vazamento.
A Justiça vai decidir. Modestamente, sugiro ao juiz Luís Praxedes Vieira da Silva que leia este meu post. Deixo evidente, recorrendo a uma reportagem da VEJA Online a outra do Estadão, que o vazamento da prova era pule de dez! Estava escrito nas estrelas! A Controladoria Geral da República apontava, meritíssimo, com todas as letras, que os pré-testes eram realizados sem as condições mínimas de segurança. Ora, quem não oferece segurança aposta no vazamento.
Ainda que os responsáveis por essa ou por aquela práticas delituosas devam ser punidos, nada elimina o caráter estruturalmente falho, defeituoso, do processo, gerido por empresas, note-se, escolhidas a dedo, sem licitação, com suposta “notória especialização”. Publicadas as reportagens, inclusive com a manifestação explícita de um órgão federal, o MEC nada fez.
O juiz Vieira da Silva, titular da 1ªVara da Justiça Federal no Ceará, deu um prazo até às 12h46 da próxima segunda para que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se manifeste sobre o pedido de anulação total do Enem, feito pelo procurador da República Oscar da Costa Filho, do Ministério Público Federal (MPF) do Ceará.
Na quinta, Costa Filho ajuizou uma ação exigindo que as provas dos mais de 4 milhões de candidatos sejam anuladas. Ele entrou com a ação depois que o MEC decidiu que anularia somente os exames dos 639 alunos do Christus, que comprovadamente tiveram acesso prévio a 14 questões. De modo correto, creio, o procurador entende que a decisão é inconstitucional.
Numa entrevista escandalosa ao Estadão, publicada nesta quinta, depois de satanizar professores do Ceará, Haddad sugere ser impossível conciliar sigilo com democracia.
Ao tomar a sua decisão, pois, o juiz não estará julgando apenas esse caso. Haddad quer que a Justiça endosse o seu espetacular ponto de vista. Se não anular as provas, Vieira da Silva estará absolvendo futuros vazamentos.
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