Articulista da Veja posa de juiz mas é traído pelo próprio texto: a anulação do Enem deve ser decidida pela justiça e não pela Veja.
VEJA
26/10/2010
Reinaldo Azevedo
20:41
Dilma precisa decidir se manda cumprir a Constituição ou se a joga no lixo por causa de eleição em São Paulo
Fernando Haddad é o candidato do Babalorixá de Banânia à Prefeitura de São Paulo. Tornou-se também o candidato da cúpula petista. Assim, Lula quer Haddad fora do ministério para concorrer à Prefeitura; Dilma o quer fora do ministério porque não vai com a cara dele. Ele só está no cargo porque ela atendeu a um pedido do Apedeuta. Um outro pedido foi em favor de Orlando Silva…
A turma de Haddad joga pesado. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que nunca chegou a ser um anjo de delicadeza, está conhecendo o jogo bruto de seu adversário interno. As franjas “haddadianas” da imprensa (deveria eu dizer “haddadeiras”???) a chamam, no mínimo, de velha e ultrapassada, com o beneplácito dos “haddadeiros” — ainda não sei como definir o alegre coro de moças e moços que adeririam à causa…
Caso o Enem tenha de ser refeito — e, entendo, essa é uma questão que tem de ser decidida pela Justiça caso a presidente Dilma não faça a coisa certa —, é evidente que isso pesará contra a postulação de Haddad. Será mais um passivo na sua ficha. As suas trapalhadas no Enem já custaram uma fortuna aos cofres públicos. Sabem qual foi o custo anunciado do Enem neste ano? R$ 372,5 milhões! Contra R$ 128,5 milhões no ano passado! É uma fábula! Mas isso tudo não conseguiu impedir, mais uma vez, o vazamento.
Assim, por causa da disputa eleitoral em São Paulo, a presidente pode decidir jogar a Constituição no lixo.
às 19:52
OU O ENEM É CANCELADO, OU A CONSTITUIÇÃO ESTARÁ SENDO JOGADA NO LIXO!
É, meus queridos! Um incompetente arrogante como Fernando Haddad não exerce um cargo tão importante na República sem que milhões paguem o pato por sua incompetência. É a terceira jornada seguida do Enem a dar problema. Desta feita, o ministro se mostra mais cínico do que das outras — foi a única coisa que nele evoluiu: o cinismo. Diante da comprovação de que uma escola do Ceará teve acesso prévio a questões do exame, ele emite uma nota e sustenta: “Não houve vazamento”. É estupefaciente!
É isso e não só isso. Trata-se de uma questão de princípio. Se houve o vazamento para um colégio, descobriu-se que o sistema apresentou falha e que, por ela, muito mais gente pode ter tido acesso às provas. Se o exame é mantido, a Constituição vai pro lixo. Não é só isso, não! As universidades que hoje usam o Enem como mecanismo de seleção ou que empregam o desempenho dos alunos nessa prova como um dos critérios de pontuação estarão, também elas, se expondo à fraude.
Sim, dá uma trabalheira, inferniza a vida de um monte de gente, é caro. Mas não há outro modo de se cumprir a Constituição a não ser cancelar a prova. É o “Custo Incompetência!”
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