segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quem precisa de Relações Públicas.

Jornalista se desmancha em elogios ao ex-presidente do Banco Central. Segundo a matéria, Henrique Meirelles é um dos principais nomes da organização dos jogos olímpicos. Embora a própria matéria considere que ele esteja a frente de uma instituição esvaziada.

Correio Braziliense
Paulo de Tarso Lyra
24/09/2011


Henrique de Campos Meirelles nasceu em Anápolis (GO), município que tem um PIB de R$ 6,2 bilhões e é considerado o mais competitivo, rico e desenvolvido do interior do Centro-Oeste Brasileiro. Assim como seu município natal, Meirelles também é alguém que não precisa mais sair de casa movido pela necessidade de ganhar dinheiro: recebe uma considerável aposentadoria do Bank Boston, em que chegou ao posto máximo de presidente mundial. Tem casas no Rio, em Belo Horizonte e em São Paulo. Meirelles, 66 anos, é competitivo, estabelece relações pragmáticas, evitando que vínculos de amizade atrapalhem seus planos futuros. 

Esse homem, que exerceu o mais longo mandato como presidente do Banco Central (oito anos) e que já foi aplaudido de pé em 2008, no auge da crise internacional, na reunião do BIS — o Banco Central dos Bancos Centrais do mundo — agora está indeciso: não sabe se permanece como um dos principais nomes da organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 ou se é seduzido  pelos acenos do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para ser o gerente da Copa de 2014. 

Na semana retrasada, Meirelles quebrou o protocolo e foi ao encontro da presidente Dilma Rousseff na área de embarque de autoridades do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A conversa foi rápida, a sós, sem testemunhas. Mas o Correio  apurou o que Dilma pensa sobre o assunto.  Meirelles deve permanecer na Autoridade Pública Olímpica (APO), ainda que a sua participação tenha sido esvaziada — ele representa a União no Conselho  da APO, um colegiado sem estrutura que jamais se reuniu. 


Dilma avalia, contudo, que as Olimpíadas projetam a imagem do país no exterior, um evento muito mais cívico que a Copa do Mundo, que é organizada pela Fifa. Seria ótimo para o Brasil ter alguém, com o prestígio internacional de Meirelles em posto de destaque, passando  imagem de credibilidade. De mais a mais, no caso da Copa, Dilma já escolheu quem exercerá esse papel: Pelé. Emissários da presidente fizeram chegar ao ex-presidente do BC  o conselho para ter cuidado em não cair na lábia do presidente Ricardo Teixeira, que, acossado por denúncias de corrupção, estaria tentando “limpar a própria imagem”.

Personalidade
O dilema, na verdade, reflete dois traços muito explícitos da personalidade de Meirelles. O primeiro deles é o de sempre achar que está sendo subestimado e que as oportunidades que lhe são oferecidas estão aquém de seu preparo. O segundo é a enorme dificuldade de um profissional que desenvolveu carreira brilhante no sistema financeiro internacional, atingindo postos de destaque e reconhecimento sem ter cursado economia, em entender os sinais políticos emitidos por aliados e adversários. 

Meirelles formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, fez mestrado em Administração na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cursou o Advanced Management Program (AMP) na Harvard Business School em 1984 e recebeu um título honorário de doutor do Bryant College. Começou sua carreira no BankBoston em 1974 (veja quadro acima) e aposentou-se da instituição em 2002. Nesse momento, os caminhos se multiplicaram à frente dele. Ele deslumbrou-se com a política, filiou-se ao PSDB, elegendo-se o deputado federal mais votado (teve 183 mil votos) de Goiás.

Jamais tomou posse. Querendo passar uma imagem de austeridade para a comunidade financeira internacional, Lula convidou-o para suceder Armínio Fraga como condutor da política monetária. Aceitou e foi um dos principais responsáveis em ajudar o país a enfrentar a quebradeira generalizada de 2008. 

Mais um vez, o êxito profissional ofuscou o raciocínio cartesiano de Meirelles. Ele tinha a certeza de que seria um grande presidente da República. O PTB de Roberto Jefferson ofereceu-lhe a legenda para concorrer ao Planalto em 2010. O PP de Francisco Dornelles (RJ) acenou que seria possível uma aliança. Mas ele não resistiu aos argumentos de Lula, filiou-se ao PMDB para tentar ser vice de Dilma Rousseff. Enredou-se nas armadilhas internas do partido e perdeu a disputa para Michel Temer. “Foi um erro”, admitiu, depois, a pessoas próximas. 

Refeito da decepção, espalhou que gostaria de ser ministro da Casa Civil — Antonio Palocci foi escolhido —, ou ministro da Infraestrutura, pasta que jamais saiu do papel: os Portos estão com o PSB e os aeroportos estão sob comando de Wagner Bittencourt. “Não se preocupem, eu continuarei estressado”, avisou a interlocutores, indicando que seguirá lutando por um cargo de visibilidade.

sábado, 24 de setembro de 2011

Ingenuidade, preguiça ou parceria?

A serviço do evento, jornalista esquece de procurar outras fontes para se informar sobre as ocorrências policiais. Para comparar conheça as versões da Veja e do Estadão.

Uol
Blog da Redação
24/09/2011

Números da primeira noite do Rock In Rio


Cerca de cem mil pessoas estiveram presentes nesta sexta-feira (23) na Cidade do Rock para a primeira noite do Rock In Rio 2011. Os números foram divulgados pela produção do evento. Até o início da noite, apenas 45 mil pessoas circulavam pelo local.

Segundo a produção do Rock In Rio 2011, as únicas ocorrências relatadas pela ProSegur, empresa responsável pela segurança dentro do evento, foram pequenos furtos, e os responsáveis foram identificados e controlados pelos 500 seguranças. Na área médica, os casos mais atendidos pela equipe de plantão foram dores de cabeça, luxações e escoriações nos pés. Ao todo, foram realizados, até então, 296 atendimentos.

Nas linhas de ônibus, problemas relacionados ao controle no acesso das pessoas aos veículos da Primeira Classe ocasionaram alguns entraves com o público que adquiriu o RioCard Rock In Rio. A organização do festival avisou que está em contato com a Fetranspor para solucionar o problema ainda neste sábado (24).

Os incidentes que ocorreram nas filas de acesso ao Rock In Rio, a cerca de 1 quilômetro da Cidade do Rock, foram contornados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e pelo Bope, já que aconteceram em areas externas ao evento. O policiamento no entorno da Cidade do Rock foi reforçado na chegada e na saída do público.

Apesar da ventania que passou pelo local no final da tarde, interrompendo o funcionamento da tirolesa e da roda gigante, a chuva não chegou à Cidade do Rock.

Para comparar leia:

Veja on line
Leo Pinheiro

Se a Cidade do Rock foi criada com a pretensão de ter tudo que uma grande metrópole tem, o objetivo foi alcançado. O trânsito caótico para chegar ao local dos shows de Katy Perry, Elton John e Rihanna foi apenas o indício do que ainda estava por vir durante a noite de estreia do festival. Antes mesmo da abertura dos portões, várias fãs tiveram seus pertences furtados ainda na fila. E, após as catracas serem liberadas, a sensação de insegurança só piorou dentro dos 150.000 metros quadrados da área privativa. Novidade entre as quatro edições do Rock in Rio, a Rock Street - uma rua de 160 metros de comprimento, com cenografia imitando a arquitetura das avenidas de Nova Orleans - foi o point preferido dos ladrões, conta o advogado Felipe Monerat, de 28 anos, vítima de um dos mais de 50 furtos ocorridos no local. "Quando percebi que tinha sido roubado, entre a roda gigante e a Rock Street, avisei ao segurança, que falou que o mesmo aconteceu com mais de 20 pessoas naquele mesmo ponto", disse ele, em frente ao container da delegacia itinerante, que foi montada na porta da Cidade do Rock.

Contudo, os furtos não ficaram restritos à Rock Street. Em todos os lugares com maior concentração de pessoas por metro quadrado, como portas das lanchonetes e a fila do gargarejo, os ladrões aproveitavam para subtrair objetos dos fãs sem serem percebidos. Fernanda Marques, de 33 anos, diz que conseguiu reparar quando a sua bolsa foi aberta enquanto esperava para pedir seu lanche. "Olhei para trás e vi uma mulher baixinha abrindo a minha mochila e pegando a minha máquina fotográfica. Gritei na hora e ainda tentei chamar a segurança, mas ela desapareceu na multidão", lembra. Assim como a maioria das pessoas que estava prestando queixa na delegacia, Fernanda reclamou do número reduzido de seguranças no evento. "Nos pontos em que a gente percebe que precisam de reforço de vigilância, até para não haver brigas, não se tem o mínimo de seguranças. Parece que não foi contratado o número necessário. Olha o tamanho deste lugar!", esbravejou.

Taísa Coelho, de 22 anos, conseguiu ser socorrida pelos vigilantes patrimoniais do evento, mas não se pode dizer que a jovem estava com sorte. Ela e o amigo Felipe Reis, da mesma idade, reagiram a um assalto que sofreram próximo ao palco, durante o show de Katy Perry. "Eu estava com o meu celular na mão, e ele veio para cima de mim e gritou: 'Perdeu malandra'. Ele meteu a mão e passou para o comparsa dele", falou, aos prantos, enquanto apontava para os dois criminosos presos em flagrante. Todos foram levados para a 42ª Delegacia de Polícia, no Recreio do Bandeirantes, para fazer o registro de ocorrência. Segundo o delegado, Orlando Zacone, destacado especialmente para a noite de abertura do festival, o expediente foi adotado pela Polícia Civil, para dar vazão ao alto número de queixas no local. "Eu só tenho três terminais de computador aqui, que estão sendo usados para registrar os casos de flagrante. Tivemos inúmeros casos de furto, prisão de cambistas e estelionatários que estavam vendendo ingressos falsos. Não vou conseguir acompanhar todas as ocorrências do início ao fim aqui, com o efetivo pessoal e de equipamento que me foi disponibilizado", justificou.

Conforme a inspetora de polícia Fernanda, até às 2 horas já haviam sido atendidas mais de 200 pessoas na delegacia volante. Por conta da alta demanda, a orientação dada às vítimas era de que procurassem a 42ª DP ou deixassem para fazer o registro de ocorrência no dia seguinte. "Aqui, fazemos um registro de extravio de documentos, para que as vítimas não sejam responsabilizadas por possíveis delitos cometidos por quem roubou suas carteiras com documentos. As pessoas já estão cansadas e abaladas, e esperar aqui pode agravar ainda mais o estado de tensão delas. É claro que quem fizer questão de prestar queixa aqui será atendido, mas não posso garantir que será antes das 4 horas", explicou a policial, apontando para a fila de mais de 40 pessoas que se formava no local àquela altura.

Jornal do Brasil on line
24/09/2011
Maria Luisa de Melo


Cerca de 100 pessoas fizeram boletins de ocorrência para registrar assaltos dentro da Cidade do Rock, durante os shows das cantoras Claudia Leitte e Katy Perry. Segundo fãs, um grupo de cinco homens promoveu diversas situações de empurra-empurra em alguns pontos da Cidade do Rock, e roubou câmeras fotográficas, celulares e, principalmente, carteiras com dinheiro e documentos. 

Indignadas, algumas vítimas disseram que pretendem processar a organização do evento. Os assaltos aconteceram em pontos distintos da Cidade do Rock - um grupo foi abordado nas proximidades da roda-gigante, enquanto outras vítimas tiveram seus pertences roubados em frente ao Palco Mundo.

O dia começa mais tarde para o Jornal Nacional

Paulista acordam de madrugada para não perder a  abertura do Rock in Rio. A imagem do relógio da rodoviária nos informa o horário: 7h40


Jornal Nacional
23/09/2011


Chico Pinheiro - Nas nuvens

Depois da reportagem sobre a “polêmica” das partículas mais rápida do que a luz, Chico Pinheiro sai com essa:


Jornal Nacional
23/09/2011

"E aqui na terra...”




domingo, 18 de setembro de 2011

É possível fazer bem feito

Texto claro e explicativo apresenta a complexidade que envolve o resultado das escolas no ENEM. Os outros jornais, na corrida para informar, tropeçaram em julgamentos apressados.


Embora valiosa, nota do Enem esconde distorção

Para educadores, resultado do exame federal não deve ser critério único para avaliação da qualidade do ensino oferecido pelas escolas

Estadão On Line
18/09/2011
Nathalia Goulart


Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) divulgou os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010 por escolas, uma espécie de ranking das instituições de ensino do Brasil. Pais e estudantes devem olhar as médias com certa reserva. Educadores são unânimes em afirmar que as notas obtidas pelas instituições carregam uma distorção, o que torna o resultado impreciso. Nenhum especialista, contudo, quer o fim do exame: ao contrário, eles pedem o aperfeiçoamento da aferição da qualidade do ensino naquele ciclo da educação fundamental. E afirmam que os pais devem levar outros indicadores para avaliar a instituição de ensino de seus filhos.

Como esperado, escolas particulares dominam Enem 2010
O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar habilidades e competências dos estudantes que terminam o ensino médio – e não suas escolas. Tanto assim que a nota atrelada a cada instituição de ensino é, na verdade, uma média do desempenho obtido pelos estudantes. Ocorre que o exame é voluntário: ou seja, só os interessados o realizam.

O problema, alertam educadores, sociólogos e estatísticos, é que essa realidade distorce a média final atribuída às escolas. "Quanto menor o número de estudantes de uma escola que participam do exame, mais impreciso é o registro que o Enem proporciona", diz Celso Vasconcelos, especialista em educação e avaliação educacional.

Antes de ser um problema de educação, é uma questão matemática. Uma vez que nem todos os estudantes comparecem à prova, obter uma média fiel ao desempenho daquele grupo escolar só seria possível se uma amostragem representativa dos alunos fosse levada à avaliação. Na prática, isso equivale a dizer o seguinte: teriam de ser respeitadas proporções de gênero, idade, desempenho e assim por diante. Se 70% dos alunos de uma instituição com 1.000 estudantes são mulheres e apenas 10 vão ao Enem, 7 deles teriam obrigatoriamente de ser meninas. Isso, é claro, nunca acontece.

"O grupo de alunos escolhidos para a prova deveria representar perfeitamente o conjunto de toda a escola", diz Glaura Franco, professora de estatística da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Seriam necessários estudos prévios para determinar quem deveria fazer o exame." No Enem 2010, menos de 3% das instituições registraram participação integral de seus alunos. Apenas elas, portanto, obtiveram uma avaliação livre de distorções.

Baixa frequência – Várias razões explicam as gritantes diferenças de participação entre as instituições. Uma delas é o fato de o Enem ter se transformado em uma porta de entrada para as disputadíssimas universidades públicas, alvo dos estudantes das melhores escolas do país – as privadas, em geral. Em média, 70,4% dos estudantes dessas instituições compareceram ao exame. Entre as unidades públicas, a taxa foi de 38,07%. A primeira supera a segunda em 85%.

Em São Paulo, o fenômeno se repetiu. Em 2010, o estado registrou participação inferior a seus vizinhos Rio de Janeiro e Minas Gerais: 44% ante 49% e 51%, respectivamente. A razão, porém, é outra: as duas maiores universidades locais – USP e Unicamp – ignoraram a nota do Enem em seus processos de seleção. "Isso afastou estudantes paulistas do Enem, o que, certamente, influenciou o desempenho das escolas", diz o sociólogo Simon Schwartzman. "É preciso estar atento a essas imperfeições do sistema de médias."

Educadores apontam ainda outro fator a ser considerado: o Enem se tornou um selo de qualidade para as escolas privadas. Essas instituições exibem suas médias altas como um diferencial de mercado. "Algumas escolas selecionam seus melhores alunos para o exame; outras incentivam os que têm mais dificuldade a não se inscrever", diz Vasconcelos.

A distorção nas médias do Enem existe, mas é difícil precisar seu grau: sabe-se, porém, que ela é diretamente proporcional ao nível de abstenção dos alunos de uma dada instituição na prova. Ou seja: quanto menor a presença deles na avaliação, maior a imprecisão do resultado. O certo é que a situação é mais aguda entre as escolas públicas, justamente as mais carentes de aprimoramento. Em cerca de um terço delas, a participação dos alunos na prova federal foi inferior a 25%. "Diante desse cenário, é difícil afirmar que a média obtida por essas instituições reflete com rigor a qualidade da educação que elas oferecem", afirma Gisele Gama Andrade, especialista em avaliação educacional.

O MEC já revelou que estuda alterações na prova. Logo após a publicação dos resultados do Enem 2010, o ministro Fernando Haddad defendeu que o exame se torne compulsório aos concluintes do ensino médio. Os educadores apoiam. "Se a medida for adotada, teremos um retrato mais fiel da qualidade das escolas de ensino médio", diz Gisela Gama. Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, vai além: "Mais do que uma avaliação das escolas, o resultado serviria como boletim de certificação para estudantes."

O exame, porém, não deveria ser tomado como avaliação única da qualidade das escolas, seja por pais, seja por educadores. Outra avaliação que ajuda a compreender a situação das instituições é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), medição consagrada que tem subsidiado políticas de governo. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do MEC e em taxas de aprovação reveladas pelo Censo Escolar.


Os especialistas acrescentam que os pais não devem abandonar a antiga prática de investigar por conta própria as escolas de seus filhos. O perfil da instituição, a opção pedagógica e a formação do corpo docente continuam sendo fundamentais. "Veja se há incentivo a leitura, converse com a direção e com outros pais", diz Ilona. Em suma, o Enem é apenas parte da lição de casa.

É uma questão de semântica ou não é bem assim?

Estadão cita matéria antiga e modifica o fato: O contrato assinado virou apenas um acordo.

Estadão On Line
03/09/2011
Luís Augusto Monaco e Luiz Antônio Prósperi,

O que o Barcelona julgava impossível de acontecer parece estar prestes a se tornar realidade: o Real Madrid trabalhou na surdina depois que explodiu a revelação feita pelo estadao.com.br dia 3 de que o rival tinha chegado a um acordo com o Santos para contratar Neymar, e está muito perto de definir a compra do craque. E o detalhe é que o acordo é para ele chegar ao clube depois da Olimpíada de Londres, no meio do ano que vem, e não em janeiro de 2013 como previa a operação com o clube catalão.

O maior indício disso é que, segundo uma fonte do 'Estado', na noite de sexta-feira Neymar esteve na unidade Morumbi do Hospital São Luiz fazendo exames sob a supervisão de Carlos Diez, chefe do departamento médico do Real Madrid, até a 1h da madrugada de sábado. O garoto estava acompanhado por seu pai, Neymar da Silva Santos, e seu procurador, Wagner Ribeiro. De acordo com a fonte, a bateria de exames - que incluiu teste ergométrico, radiografias e exames das articulações - chama-se "pré-Uefa" e é requisito indispensável para o atleta poder ser inscrito na Europa. Ainda de acordo com essa pessoa, o comentário no grupo era de que segunda-feira o contrato com o clube merengue seria assinado. A reportagem tentou falar com o pai de Neymar e Wagner Ribeiro, mas não conseguiu.



Veja abaixo o texto da matéria de 03 de setembro citada no primeiro parágrafo.

Santos vende Neymar para o Barcelona

Estadão On Line
03/09/2011
Luís Augusto Monaco

Presidente santista conduz negociação e gera rompimento do jogador com empresário


SÃO PAULO -  Neymar é do Barcelona. Santos assinou contrato com o clube espanhol, que tem como Lionel Messi seu principal jogador. Pelo documento, o atacante se apresenta em janeiro de 2013. O Santos tomou frente nesta transação sem consultar o empresário do atleta, Wagner Ribeiro, e convenceu o jogador e seu pai a se juntarem a ele. Neymar agora só precisa acertar seu salário com o clube catalão.

sábado, 17 de setembro de 2011

Afinal quem é a fonte? Afinal qual é o problema do Ministério?

Na matéria sobre a copa do mundo de 2014, não conseguimos decifrar o enigma da fonte da informação e nem qual é o problema do Ministério do Esporte: Interferência ou imobilismo?

Fifa pressiona Brasil na festa da Copa

Estadão On Line
17/09/2011
Luiz Antônio Prósperi e Jamil Chade

É crítica a relação entre a Fifa e o governo federal. No dia em que se comemorou a marca de mil dias para a Copa de 2014, o comando da Fifa pressionou as autoridades. O ponto máximo da tensão passa pelo projeto da Lei Geral da Copa, assinado ontem pela presidente Dilma Rousseff.

Interlocutores da Fifa, procurados pelo Estado, disseram que o projeto da Lei Geral não atende às exigências da entidade para a realização do Mundial. "Sem a lei, não há Copa", revelou um dos executivos ligados à organização do Mundial de 2014.
Pronto para ser assinado em março, após um amplo entendimento entre a Fifa e o governo federal, o projeto da Lei Geral sofreu alterações até a presidente Dilma colocar a sua assinatura, durante sua visita às obras do Mineirão, em Belo Horizonte.
"Com a assinatura da presidenta hoje (ontem) e o envio do projeto ao Congresso, nós estamos otimistas que o Congresso vai aprovar esse último compromisso institucional do Brasil com a Fifa, quem sabe até o final do ano" disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, ontem de manhã, em Belo Horizonte.
O problema é que a Fifa não pode esperar até o final do ano para a aprovação da lei. A entidade quer, entre outros itens, as garantias do controle total da venda de ingressos e proteção das marcas dos seus patrocinadores no Brasil, no máximo até outubro quando realizará o seu congresso em Zurique.
Neste congresso, nos dias 20 e 21, a Fifa vai definir a distribuição dos jogos entre as 12 sedes, as cidades da abertura e da final do Mundial e dar início à venda dos bilhetes da Copa.
"Como vamos vender os ingressos para um cidadão, por exemplo, dos Estados Unidos, se não temos a garantia do governo brasileiro de que a Fifa vai ter o controle total da venda?" questiona um executivo ligado à organização do Mundial 2014.
A entidade exige o controle parar determinar os valores dos ingressos, ignorando por completo, por exemplo, a lei da meia-entrada, que é uma das peças de destaque do Estatuto do Torcedor vigente no País.
Outro item do projeto Lei da Copa que a Fifa exige é a facilitação da concessão de visto de trabalho para executivos da entidade e para estrangeiros funcionários das empresas ligadas à Fifa.
Diante das incertezas da Fifa, o executivo traçou um panorama preocupante para o andamento do Mundial. "O quadro está feio, muito feio."
Bronca no Ministério. Outra preocupação da entidade é a interferência do Ministério do Esporte na organização da Copa. Fonte próximas da cúpula da Fifa confirmaram ao Estado que o imobilismo do Ministério praticamente é total. O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, vem declarando a pessoas mais próximas que está "irritado" e "sem saber mais o que fazer" com a falta de ação do governo.
Dentro da entidade, a preocupação é de que o Ministério do Esporte age como se fosse o dono da Copa e não a Fifa.
O Estado tentou entrar em contato com a assessoria do Ministro do Esporte, Orlando Silva, no final da tarde de ontem, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.
Há ainda um incômodo geral na cúpula da Fifa com a ação do governo federal na execução das obras ligadas à Copa. De acordo com avaliação da entidade, apenas as reformas e construções dos estádios estão dentro do prazo, apesar de alguns atrasos.
Quanto aos projetos de modernização dos aeroportos, mobilidade urbana, infraestrutura nas cidades-sede, novas tecnologias, transporte e rede hoteleira, sempre de acordo com a avaliação da Fifa, o Brasil pouco avançou nos últimos dois anos.

Tornem-se elefantes

O Dalai Lama ao passar por São Paulo deixou uma mensagem especial aos jornalistas.


Revista Época On LIne
16/09/2011
Laura Lopes

Com dedo em riste, e o olhar fixo à primeira fila, disse aos jornalistas que devemos ter um nariz tão longo quanto a tromba de um elefante, para poder farejar todos os ângulos de uma notícia.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Uol abaixo da média

O Uol assassina a estatística e sonha com o dia em que todos os alunos ficarão acima da média no Enem. Imaginemos os título da matéria em 2012: 60% das escolas não conseguiram atingir a nota média de 790,21; e em 2013: 60% não atingiram a média de 820,10.

Uol
Rafael Targino
 Em São Paulo

Mais da metade das escolas foi “reprovada” no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2010: exatas 63,64% de todas as que tiveram a nota das provas objetivas divulgadas não conseguiram atingir a nota média de 511,21. Ou seja: se o que estivesse em jogo fosse a aprovação ou a reprovação, elas não “passariam de ano”.

No total, 12.532 das 19.689 escolas com médias objetivas divulgadas pelo MEC tiraram nota menor que 511,21. Delas, 12.105 –99,4%– são das redes públicas de ensino. Outras 4.211 unidades tiveram menos de 2% de todos os alunos e menos de 10 estudantes participando das provas objetivas e de redação e, por isso, não entram na conta.



A estupidez licitada: Quem dá menos pela Veja?

Tudo bem que o Colunista da Veja questione o valor pago à Ariano Suassuna, mas reclamar da falta de procedimento licitatório é estupidez.

Veja on line
Radar
Lauro Jardim
segunda-feira, 12 de setembro de 2011 - 13:22 \ Economia

Um salário mínimo a cada 4 minutos


Pelas comemorações dos 47 anos, o IPEA contratou o escritor Ariano Suassuna para dar uma palestra amanhã à tarde sobre o tema Cultura e Desenvolvimento. As duas horas de aula previstas vão ocorrer no auditório do instituto em Brasília. Suassuna foi contratado sem exigência de licitação por 18 000 reais. Ou seja: 9 000 reais a hora-palestra ou ainda mais de um salário mínimo a cada 4 minutos de fala. A justificativa: trata-se de “profissional consagrado pela crítica especializada”.

sábado, 10 de setembro de 2011

Marmita

Jornal Nacional requenta relatório do IPEA sobre o atraso nas obras dos aeroportos.


Jornal Nacional
09/09/2011



Jornal Nacional
14/04/2011



Silêncio obsequioso

Muito se publica sobre o DNIT, o antro de corrupção.
Mas quando saberemos quem alimenta este monstrengo? Por que a imprensa não estampa suas páginas e sítios com os nomes das empreiteras?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A gente erra, a gente apaga.

Uol Notícia
08/09/2011

Voltei ao link e descobri que a informação sobre a suposta morte da adolescente no morro do alemão na noite do dia 06 havia desaparecido. Procurei no link para as matérias relacionadas e nada.
Jornalismo de qualidade é assim. A gente erra, agente apaga.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/09/07/exercito-remove-ultimas-barricadas-no-complexo-do-alemao.jhtm

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Bala perdida, imprensa perdida

Quando o assunto é complexo os jornalistas não conseguem explicá-lo; mas pior do que é isto é uma imprensa que não apura os fatos. Afinal de contas morreu uma adolescente de 15 anos na noite de terça-feira no Morro do Alemão? Para o Uol Notícias, sim.  Para o exército não. A fonte da informação do Uol é o depoimento de moradora.

Uol Notícias
07/09/2011
Hanrrikson de Andrade


Os moradores que tentam entrar nas comunidades do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, continuam sendo revistados pelos militares da Força de Pacificação, principalmente os que conduzem carros e motocicletas. No início da noite de terça, um tiroteio de quase duas horas entre soldados e criminosos assustou a população da região, que foi obrigada a se trancar em casa.

Uma adolescente de 15 anos morreu após ser atingida na cabeça por uma bala perdida, e um homem foi ferido por estilhaços de uma granada.

(...)

A polícia investiga se o confronto de ontem foi provocado por traficantes da facção Comando Vermelho (CV) que conseguiram fugir durante o processo de pacificação, no fim do ano passado. Eles teriam invadido as comunidades da Baiana e do Adeus, no Complexo do Alemão, a fim de retomar o controle nesta localidade.

Segundo informações passadas por moradores, homens armados possivelmente com fuzis estavam no alto da favela efetuando disparos contra os militares. Segundo V., que mora na favela da Grota, um grupo de pessoas atirou fogos de artifício contra um pelotão de soldados que circulava próximo à comunidade.

"O pessoal está comentando que o cara jogou e saiu correndo. Os soldados começaram a atirar e depois foi tiro para tudo quanto é lado. Algum bandido deve ter arma escondida em casa", disse uma pessoa, sob condição de anonimato.


Alguns minutos após o início do tiroteio, moradores relataram barulho de explosões de bombas na estrada do Itararé. Fogos de artifício foram lançados à medida que os pelotões do Exército subiam pelas ruas das comunidades (uma tradicional estratégia dos traficantes para alertar sobre a entrada da polícia). Mais cedo, um carro de transporte de soldados foi atacado com tiros e granadas no mesmo local.

 

De acordo com Carla Lúcia da Silva, a sua sobrinha Ana Lúcia da Silva, 15, foi levada ainda com vida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Penha, na zona norte do Rio, após ser atingida na cabeça por uma bala perdida. No entanto, a adolescente não resistiu e teve morte cerebral decretada.


G1_ RJ
07/09/2011
Lilian Quaino
Ataque ao Alemão foi articulado por traficantes de fora, diz Exército

O comandante Militar do Leste afirmou que os confrontos no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, foram articulados por traficantes que estão em outras favelas e que querem voltar a dominar a área. "Tenho certeza de que esse primeiro ataque no Alemão foi articulado por grupos em outras comunidades não pacificadas que estão querendo voltar ao Alemão", afirmou o general Adriano Pereira Junior, no início da tarde desta quarta-feira (7). Ele disse ainda estar investigando suspeitas de que um traficante foragido da Vila Cruzeiro poderia estar por trás da ação.  

Após o desfile de sete de setembro, realizado pela manhã no Centro do Rio, o comandante Militar do Leste,  o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, e a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, participaram de uma coletiva de imprensa para falar sobre os confrontos no Alemão.

Já Beltrame afirmou que traficantes tiveram acesso ao Alemão pela Vila Cruzeiro. "Tenho informação de que um pequeno grupo de traficantes entrou no Alemão pela Vila Cruzeiro, de carro, desencadeando os fatos", disse o secretário de Segurança Pública, acrescentando que "nada vai ser consertado de uma hora pra outra depois de 30, 40 anos de abandono".

De acordo com o general, esse foi o primeiro problema desde a ocupação da Força de Pacificação, em novembro. "Isso foi uma reação ao anúncio do Exército de prolongar sua permanência no local. Em dez meses de ocupação, houve em torno de quatro mil a cinco mil abordagens e só teve problema em uma".

Para o comandante, os tiros da noite de terça-feira (6) não foram disparados de dentro da área de atuação da Força de Pacificação. "Alemão e Penha não têm armas pesadas. Os tiros vieram do Morro do Adeus e da Baiana", afirmou o general Adriano Pereira Junior sobre os morros que passaram a ser ocupados pela Polícia Militar.

 (...)
O Teleférico do Alemão passa por uma inspeção para verificar se foi atingido durante o tiroteio iniciado na noite de terça-feira (6). Segundo a SuperVia, ele não funcionaria nesta quarta-feira por causa do feriado.

Exército nega morte de jovem por bala perdida
O general Adriano Pereira Junior negou que uma menina de 15 anos tenha morrido, após ser atingida por bala perdida. "Não passou de uma armadilha do tráfico", garantiu o comandante, acrescentando que os policiais procuraram pela suposta vítima em todos os hospitais da região e nada encontraram.


Estadão
07/09/2011
Glauber Gonçalves 
Após tiroteio, Exército vai enviar mais 200 homens ao Complexo do Alemão

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A informação dada por uma moradora de que a sobrinha dela teria sido morta por uma bala perdida foi contestada pelo general. "Passamos a noite com nossa inteligência procurando em todos os hospitais. Isso foi uma coisa plantada para piorar o clima", disse. Ele declarou ainda que é improvável que uma ação como a de ontem se repita. "Dificilmente vai voltar a acontecer o que ocorreu ontem. Foi um tiro no pé do tráfico Ficou claro para a população que houve uma orquestração. O tráfico não quer a nossa presença lá", disse.

O general admitiu que o Exército respondeu aos disparos feitos pelos traficantes com armamento pesado. Ele também confirmou que ainda há tráfico na região e que traficantes de fora eventualmente circulam na área. "Existe tráfico lá dentro. Não há paz completa", disse. O comandante afirmou ainda que o Exército vai voltar a ser mais rigoroso nas revistas, mas prometeu respeito aos moradores da localidade. "Vamos voltar a fazer mais revistas nas pessoas que pelas atitudes indicarem que estão fazendo algo errado", declarou.